quinas, aparelhos e equipamentos diversos, ou no ensaio de novas técnicas industriais, os quais são chamados a prestar serviço de um dia para o outro, visto que, dado o elevado custo dos investimentos e a sua capacidade de produção, cada dia que as máquinas estejam paradas traduzir-se-á numa perda apreciável para a economia nacional.
Pelo exposto, mantendo, quanto ao fundo, a matéria da base IV, sugere-se uma ligeira alteração de redacção, que passaria a ser a seguinte:
Não pode correr-se o risco de admitir nestas empresas indivíduos de nacionalidade estrangeira que não dêem garantias de integração no serviço público que a empresa visa satisfazer ou na ordem pública e social estabelecida.
Assim, a base V da proposta merece a esta Câmara inteira aprovação.
Bases VI e VII
Trata-se de infracções que, pelo seu conteúdo e configuração, se situam no domínio do ilícito administrativo, competindo à autoridade administrativa a sua apreciação, bem como a aplicação das respectivas sanções.
A proposta é, todavia, omissa quanto à entidade a que ficará a competir a aplicação das multas, mas uma vez que se dá ao transgressor a faculdade de interpor recurso, com efeito suspensivo, para o Ministro das Corporações e Previdência Social (base VII), o órgão competente para apreciar á infracção e aplicai1 a multa correspondente deve estar hierarquicamente subordinado ao referido Ministro.
A punição da reincidência está estabelecida por forma a suscitar dúvidas, dada a variabilidade das multas, que vão do mínimo de 600$ ao máximo de 5000$.
Nestas condições, propõe-se que as base VI o VII da proposta passem a constituir uma única base, com a seguinte redacção:
Base VIII
Por seu lado, o Decreto-Lei n.º- 22 827, ainda em vigor, estabelece:
Não são prejudicadas pelas disposições deste decreto-lei as cláusulas de reciprocidade ajustadas entre Portugal e outros países (artigo 9.º).
Na esteira destas disposições, a base VIII da proposta consigna que as "disposições desta lei não prejudicam as cláusulas de reciprocidade ajustadas ou que venham a ajustar-se entre Portugal e qualquer outro país, bem como a legislação especial referente ao exercício de profissões determinadas".
Quanto ao princípio de reciprocidade, não podia ser de outra forma, pois, além da sua relevância em direito internacional, não podia Portugal, país de emigração, tomar a iniciativa de dor aos imigrantes um tratamento mais desfavorável do que o ajustado, ao que não deixaria de se reflectir no dispensado aos seus emigrantes.
No que respeita à legislação especial referente ao exercício de profissões de médicos, advogados, engenheiros e arquitectos, a que atrás se fez referência, a mesma não é revogada por esta lei, dado o seu carácter geral e o facto de não conter disposição incompatível com a referida legislação.
Portanto, embora se afigure supérflua a referência à legislação especial, a Câmara, para evitar dúvidas que poderiam suscitar-se, nenhuma alteração propõe para a base VIII.
III