rães e dará aquele mínimo de condições para desenvolvimento a essa área central que tanto interessa não só ao círculo que nos elegeu, mas verdadeiramente a todo o País.

Muito obrigado, Sr. Deputado.

(O orador não reviu).

O Sr. Presidente: - Peço ao Sr. Deputado Dias das Neves, em virtude do adiantado deste período de antes da ordem do dia, que não consinta mais interrupções.

O Orador: - Muito obrigado, Sr. Presidente, farei o que me pede.

Em todo o caso, queria agradecer ao Sr. Deputado Correia da Cunha a sua intervenção valiosa, que veio dar preciosa achega a este modesto trabalho, tanto mais que vem de um dos técnicos mais competentes em desenvolvimento regional.

Das conclusões do I Colégio de Desenvolvimento Regional de Abrantes se podem tirar numerosas conclusões, das quais destacamos três: Exeguidade da unidade administrativa "concelho", como unidade base de desenvolvimento regional, e desajustamento entre a actual divisão administrativa e as necessidades de institucionalização do plano de desenvolvimento regional; A possibilidade que através de um esquema de ordenamento do território pode vir a constituir-se na zona do triângulo Torres Novas-Tomar-Abrantes uma zona tampão à corrente migratória em direcção a Lisboa; A possibilidade de poder construir-se uma experiência de ordenamento industrial numa zona que, ficando fora da área metropolitana de Lisboa, pode constituir, sem afectar o desenvolvimento da capital, um esquema complementar desse desenvolvimento, pois se situa no norte do troço do vale do Tejo um dos principais eixos de expansão económica da grande Lisboa.

Ao longo destes cinco anos do III Plano de Fomento, os três centros urbanos de Tomar, Torres Novas e Obrantes têm desenvolvido porfiados esforços no sentido da efectivação do pólo de crescimento, no "triângulo", no qual cada um ocupa um vértice, dinamizando por sua vez outras zonas que lhe são adjacentes.

Também neste mesmo espaço de tempo o Estado fez um grande esforço no sentido de procurar dotar os três centros urbanos e de uma maneira geral toda a zona, de equipamento e infra-estruturas de apoio necessários ao desenvolvimento previsto em ordem ao "triângulo", numa total coerência com a política de desenvolvimento preconizada.

Assim podemos anotar os seguintes empreendimentos: Electrificação do ramal de Tomar (incluído no III Plano de Fomento), cujas obras estuo a decorrer e se concluirão no ano de 1973, que importam em cerca de 80 000 000$, que têm a maior importância nas deslocações de pessoas e mercadorias daquela localidade, e da sua zona os influências que atinge o vasto Interland constituído por Alvaiázere, Sertã, Figueiró dos Vinhos e Cernache do Bonjardim; Reparação e regularização da estrada nacional n.° 110, do Entroncamento até Condeixa que importam em cerca de 70 000 000$, e é uma das mais importantes vias de comunicação da região, pela facilidade e rapidez de ligação de Coimbra com toda esta zona; Reparação da regularização da estrada nacional n.° 118, da Chamusca a Abrantes, prestes a chegar ao Tramagal, principal via de ligação desta cidade com Lisboa, e que trará os maiores benefícios para a economia desta região.

Neste sector acaba de verificar-se um acontecimento da maior relevância, do qual toda a zona do vale do Tejo, e esta subzona do "triângulo", bera como todo o País, virão a tirar os mais altos benefícios; refiro-me a auto-estrada do Norte, cujo contrato de construção acaba de ser anunciado.

As autoridades mais representativas das regiões beneficiadas já manifestaram a S. Ex.ª o Presidente do Conselho a sua satisfação e o seu apoio à política ora iniciada. Todavia, não queremos deixar de aproveitar esta oportunidade para confirmar o nosso regozijo e consignar o nosso total apoio a esta obra grandiosa, que um traçado diverso daquele que inicialmente se esboçava e sobre o qual já se pronunciaram especialmente e com muito brilho, nesta Casa, os Srs. Deputados Castelino e Alvim, Correia da Cunha e Pinto Castelo Branco.

Em nosso entender, o programa de auto-estradas agora anunciado ficará a constituir público testemunho da coragem, do atrevimento, e é necessário ser atrevido, e da vontade forte de um Governo que, consciente das dificuldades do presente, se preocupa com o futuro, que sente ser seu dever preparar, rasgando no horizonte do desenvolvimento as artérias por onde irá correr a seiva que irá alimentá-lo.

A auto-estrada do Norte, com o seu novo troçado, ficará a constituir um símbolo de esforço da unidade dos Portugueses, ligando as duas cidades capitais num grande amplexo, ao mesmo tempo que a elas fará acorrer as restantes populações, numa aproximação cada vez maior.

Aproveito por isso esta oportunidade para reiterar todo o meu apoio ao Sr. Ministro das Obras Públicas, guarda avançada neste sector, de um Governo ao leme do qual a figura prestigiosa, inteligente, dinâmica e forte do estadista que é o Presidente Marcelo Caetano, é exemplo de trabalho e dedicação à causa nacional, a apontar o caminho a todos nós.

Sector do ensino:

Neste sector, tem esta zona merecido, desde 1954, o maior cuidado por parte do Governo, pois na data em que apenas havia um Liceu Nacional de Santarém e uma Escola Industrial e Comercial de Tomar (1884), até hoje. foram criados os seguintes estabelecimentos de ensino:

Dois liceus (Tomar e Abrantes) e três secções liceais (Entroncamento, Torres Novas e Vila Nova de Ourem), no decorrer do III Plano de Fomento.

Cinco escolas técnicas (Abrantes, Torres Novas, Alcanena, Entroncamento e Vila Nova de Ourem) e uma secção no Tramagal (três das quais no III Plano de Fomento). Está neste ano em curso, em Tomar, uma experiência pedagógica, determinada por S. Ex.ª o Ministro da Educação Nacional, "habitação complementar para os institutos", com vista ao futuro ensino politécnico.

Sector de saúde e assistência:

Também neste sector houve a intenção de fornecer os elementos necessários para a cobertura sanitária da zona a construir, e assim se criaram três centros de saúde, um em cada vértice, como pontos fundamentais de um es-