custo de vida e de expressão caída vez menor u medida que a rede deste transporte se ampliar.

Esta ampliação, sim, impõe-se em grande velocidade R extensão com carácter altamente prioritário. Quer se queira, quer mão. o aumento dou comboios, a multiplicação das Unhas do metropolitano e G sua extensão até a periferia d« cidade é a única solução base para os problemas de transito na capital, cada vez mais asfixiante. Só era tão' muitos se habituarão, como acontece aos grandes cidades europeias, a deixar o seu automóvel no arrabalde de Lisboa e vir para a baixa de metropolitano. Este problema, ia a dizer que tem importância nacional, porque interessa a todos, lisboetas ou não, que têm de andar pela capital do País.

O imposto dos automóveis tem dado lugar a grande celeuma. Parece-me que o rendimento que se lhe prevê, a agitação que levantou e a dificuldade em, na prática, efectuar uma distribuição justo dos taxas aconselhavam a retirá-lo e substituí-lo por outro. Talvez incidindo sobre a gasolina ou a aquisição de carros novos, sobretudo os de luxo ou de grande cilindragem, e os barcos de recreio, sem interesse desportivo directo.

Será difícil distinguir, numa cobrança justa -, o antigo automóvel de médico, de média cilindragem, com o qual se desloca a lugares distantes na sua vida clínica, ou o grande automóvel do homem que tem muitos filhos, ainda crianças, do dos famílias de gente rica. possuindo quatro ou cinco carros pequenos, trocados amiúde por modelos novos, e com os quais cada membro da família, desde os 18 anos, se motoriza para andar a correr e a divertir-se por essas estradas e ruas das cidades.

Na Lei de Meios salienta-se a prioridade das duas grandes coordenadas: a defesa do ultramar e o desenvolvimento do País. Tem-se verificado, felizmente, que a primeira não está a ser incompatível com o segundo, antes tem plasmado energias, estimulado vontades e actuações. Mas uma coisa é a defesa intransigente do ultramar, guerra que lamentamos e não provocámos, a solidariedade, para ns forças armadas que ali se batem, o prestígio de que as devemos rodear e a necessidade de não agitar problemas que as diminuam, e outra é a administração da guerra, da guerra e das coisas militares, sobretudo das actuações sectoriais que nada têm com a guerra.

Gostaria de ver mais vezes Ministros em reunião com os Deputados, e entre eles o Ministro da Defesa Nacional. À inflação preocupa muita gente do nosso país e, mais do que ninguém, o Governo.

Mas, pior do que tudo, seriam, para tentar debelá-la, medidas precipitadas ou irreversíveis, em face de um mal que ó característico da actual conjuntura internacional. A Inglaterra congelou salários e preços por tempo limitado enquanto prepara medidas que ainda se não conhecem, e a França vai para uma experiência original não isenta de perigos, baseada sobre a baixa substancial dos impostos directos.

O nosso Governo, atento ao fenómeno, tem considerado os dois pólos opostos do problema.

Por um lado seria de travar a excessiva procura e impedir a subida de preços. Mas, por outro lado, para não se estrangular o desenvolvimento económico - elemento tão delicado na fase que o País atravessa - é preciso não desencorajar a expansão da produção e da comercialização dos produtos.

Teoricamente tudo está em dinamizar a produção, e com ela a oferta a ritmo suficiente para acompanhar a procura, fazendo-se as subidas dos salários à custa do aumento da produtividade. E, como dizia alguém há poucos dias, habituarmo-nos a viver dentro de uma taxa de inflação razoável, em que a alta do? preços seja acompanhada da alta da capacidade de compra e do aumento da produtividade.

Mas a realização disto com ponderação e flexibilidade é menos fútil do que enunciá-lo.

Quero apoiar o que se tem dito quanto à necessidade de reestruturar e dar condições de expansão ao Instituto Nacional de Estatística, em ordem a poder-se intensificar e aperfe içoar a colheita de indicadores e elementos estatísticos, basilares no estudo e previsão dos problemas e soluções.

Sr. Presidente e Srs. Deputados: Um dos objectivos do IV Plano de Fomento Nacional é a correcção das distorções no desenvolvimento regional. Ora, uma dos regiões metropolitanas onde. neste momento o problema se pode pôr com agudeza, para equacionar e desencadear soluções, é o arquipélago da Madeira.

Região de dimensões populacionais e territoriais limitados, bem delimitada pela sua insularidade, a pouco mais de uma hora fie avião da capital do País, sobrepovoada mas corroída pela emigração, com impossibilidade de industrialização em larga escala, a orografia dificultando a produção agrícola - a conjuntura sócio-económica do arquipélago da Madeira presta-se e sugere investimentos e consideração por parte do Governo, no sentido da realização acelerada de um plano de desenvolvimento regional.

Os condicionalismos que citei atiraram a Madeira, corajosame omissão de Planeamento e está a realizar um esforço acentuado.

É ainda u atribuição de receitas locais que permitam aumentar os investimentos. Deseja o arquipélago dá Madeira que o imposto sobre transacções, que reflecte o desenvolvimento e o crescimento da região, seja atribuído aos seus corpos administrativos. E que seja dado impulso pelo Ministério das Obras Públicas a algumas das suas infra-estruturas da educação. Estão criados duas escolas de eido preparatório do ensino secundário no Funchal. Mas apenas se definiu ate agora o terreno para uma delas, e está ainda por definir e adquirir o da outra. Foi prevista a necessidade de 600 salas de aula para o ensino primário no estudo feito a esse respeito. Programa-se só 800 para o IV Plano de Fomento, mas interessa, pelo menos, que sejam criadas condições orçamentais para estas, tanto mais que 03 câmaras municipais têm hoje facilitada a sua parte na aquisição dos terrenos.

Longe das Universidades, aspira-se a um estabelecimento de ensino médio superior - Instituto Politécnico -, que a fase de desenvolvimento da Madeira justifica.