fazer eco de coisas desagradáveis e prejudiciais para a Pátria e para a Igreja a que dizem pertencer e que representa a fé em que ela, Pátria, se fundou, e serviu e procura continuar a servir com isenção e dignidade nas quatro partidas do Mundo.

Triste e lamentavelmente afirmam que «em qualquer caso, nunca as noções da justiça, da paz e do amor, se poderão subordinar a conceitos como os de orgulho nacional, supremos interesses da Nação, superioridade da civilização ocidental e soberania intangível», preconizando, velhaca e blandiciosamente, uma política de abandono, para, em obediência aos tão reclamados «ventos da história», agradarem aos nossos inimigos levando à mudança dos nossos territórios ultramarinos para as mãos do colonialismo marxista ou do colonialismo plutocrático, que, cobiçosa e vorazmente, desejam de há muito ver sob o sua dependência económica.

Preocupações apostólicas as destes pretensiosos arautos da paz? Mas onde se descobrem elas, se através de stes e outros indícios mais parecem apostados em comprometer a Pátria, que os nossos maiores nos legaram e que temos obrigação de servir com honra e por honra?

Como se o amor e a paz cristãs estivessem em contradição com o amor da Pátria e com a paz perturbada desde 1961 e que desejamos ardentemente ver restaurada, não param por aqui na sua sanha contestadora, procurando abalar a fé indefectível no seu futuro e minimizando os esforços feitos para o engrandecimento da Nação, não hesitando, para tanto, em fazer coro com a conjura demo-comunista e pluto-crática desenvolvida contra a nossa presença em África!...

Desta maneira, ignoram ou fingem ignorar que para nós, Portugueses, o problema não está apenas em defrontar a subversão comunista, apoiada e incentivada pela Rússia e pela China com vista a instalar ali o seu tipo de colonialismo, mas também aqueles que, sem serem comunistas ou sendo-o encapotadamente, contribuem para a subversão atacando a própria civilização que lhes garante a segurança e a possibilidade de viverem longe das atrocidades e atentados cometidos pelos terroristas que eles apoiam e financiam a fim de servir os seus desígnios de domínio.

E dando-se ares de pacíficas pombas, mas com malévola intenção, entretêm-se a deturpar e falsear, no tristemente aberrante e antipatriótico documento, os princípios que presidiram à instituição do Dia da Paz, negando-os sob os mais capciosos pretextos, adulterando a própria verdade dos factos ou dando-Ihes uma interpretação puramente demagógica e tendenciosamente batedeira, em que se vê claramente não a preocupação de fazer apostolado cristão, mas antes o aproveitamento de uma oportunidade para um ressumar má-língua, ódio vesgo e ânsia de destruição de tudo quanto não agrada à opção política dos seus desnacionalizados ou ingénuos autores.

Ao fazerem a divulgação deste comunicado em que expendem ideias contrárias aos superiores interesses da Nação e da Igreja, os puritanos pac ifistas da Comissão Diocesana Justiça e Paz do Porto tornaram-se cegos da mente e cúmplices descarados dos terroristas de aquém e de além-mar que só vivem preocupados com o extermínio físico dos nossos irmãos e a abolição da civilização ocidental e cristã.

E assim procedem aderindo a um sensacionalismo fácil e sórdido e utilizando uma dialéctica que nem de cristã pode ter sequer o nome, pois que é puramente materialista, porque inspirada no ódio e na mentira, num sentido subversivo tendente a alimentar a luta de classes, esquecidos de que «pesa mais a companhia da verdade de poucos do que a companhia do erro encarnado em legião universal de escravos da utopia».

Um claro desígnio oculto se descobre ao longo de todo o arrazoado do documento em questão, qual seja o de como aliás é moda em certos meios pretensamente bem-pensantes, mergulhar as suas opções nas várias cambiantes de um esquerdismo ou socialismo, baptizado ou não de cristão, e que surge como panaceia ou dádiva posta à disposição dos homens para realizarem quimèricamente o Céu na Terra!...

Daí a necessidade desta campanha de intoxicação lançada aos quatro ventos, oferecendo destarte aos espíritos menos esclarecidos, mais fracos e sugestionáveis as suas soluções políticas como mezinhas pelas quais tudo virá, como por encanto, a resolver-se para bem de um triunfo próprio e, consequentemente, para bem da Nação e da Humanidade ...

Ei-los, por isso mesmo, muito anchos de si os responsáveis comissionados, agitando-se pressurosamente insatisfeitos e contestadores sem poderem «permanecer indiferentes, perante o agravamento da violência no nosso país» -conforme expressão sua -, eles que, fascinados pela miragem da construção da sociedade de paz e amor que a sua opção política lhes promete com o habitual e estafado impudor das velhas receitas demagógicas, se julgam, conforme palavras suas, «chamados a serem construtores da paz», uma vez que «é no dia-a-dia das nossas vidas e na situação concreta do nosso País que nos toca responder à vocação evangélica».

Ingenuidade, estultícia ou má fé a destes apóstolos pacifistas?

Destrambelhados, disparatam, a certa altura, numa diatribe contra o Governo, dizendo: «Na realidade, vemos arrastar-se desde 1961 uma desgastante situação de guerra, para a qual não se vê esboçar qualquer atitude que procure promover uma solução pacífica do conflito aberto. Pelo contrário, tende a difundir-se um certo espírito de intolerância e in-