Somente organizações com bem estruturados departamentos de mercados podem levar a efeito intensas campanhas de promoção e publicidade.

ambições ávidas mesmo que, para tanto, seja necessário pôr em causa os supremos interesses da Nação, adaptando os seus métodos de combate ao terreno dos inimigos.

As modas do tempo presente - que podemos denominar de esquerdismo na política e de progressismo em religião (irmão gémeo daquele) - constituem os parâmetros em que sobretudo os chamados bem-pensantes e quejandos se movem com propósitos mais ou menos inocentes e ocultos: o de uma adesão que, consciente ou inconscientemente, se deixou insinuar nos seus espíritos sob a forma de aspiração ao progresso e que leva a classificar, sob a pressão insistente das propagandas, à perversão das intenções dos melhores em desfavor do essencial e do que deve estar acima de tudo e de todas as divergências: o bem nacional, a unidade e integridade da Pátria!

Para a consecução dos seus objectivos todos os meios estão aptos a utilizar, desde uma linguagem simples e rotineira à tecnocràticamente mais empolada, com acusações falhas de serenidade e autenticidade em que se generalizam casos isolados, se distorcem os factos e se apresentam argumentos supostamente invencíveis. E assim fazem por bem saberem que as palavras e as ideias demagógicas arrastam e seduzem as massas que ficam como que narcotizadas, levando-as à excitação das paixões e constituindo desse modo veículo para a acção subversiva que desejem desencadear ou apoiar, de maneira mais ou menos discreta, com vista a organizarem-se em poder e monopolizarem, em proveito próprio, a posse desse mesmo poder.

Receosos de poderem ser acusados de anacrónicos, ultrapassados ou de feroz conservadorismo em relação às modas em voga, mas sem deixarem de «ser tristes herdeiros de velhas ilusões», no dizer de Oliveira Martins, lançam-se, inebriados e absortos, nas abstracções ou nas generalidades dos direitos fundamentais em cuja concretização vão dando evidentes sinais de miopia das realidades políticas, procedendo à elaboração de planos factíveis em abstracto, mas utópicos em concreto.

E no convencimento de que actuam contra tudo que, em seu douto entender, representa imobilismo estéril para ilusoriamente se porem ao serviço dinâmico e criador exigido pelo mundo de hoje, enveredam pela crítica derrotista em vez de, como mandatários do povo que dizem defender, se fazerem eco das suas justas aspirações. E em vez de se servirem do mandato que os seus eleitores lhes outorgaram, servem-se antes dele para sacrificar realidades tão evidentes como essenciais aos interesses da Nação.

Deste modo, vão até ao ponto de recusar a sua solidariedade ao povo que defende heroicamente a unidade e integridade territorial da Pátria e fazem tábua-rasa da verdade de que em Angola, Guiné e Moçambique não se combate pela autodeterminação contra os Portugueses, mas que são estes, os Portugueses, que se batem valentemente pela sua autodeterminação contra os imperialismos estrangeiros, nomeadamente contra o democomunismo e contra a plutocracia.

E vá então de ser tolerantes e compreensíveis para todos quantos desenvolvem, de maneira consciente ou inconsciente, a sua acção maléfica em detrimento do interesse nacional, podendo até dizer-se que a sua cegueira os leva, por vezes, a um estado de espírito e a reacções sentimentais que os conduzem a conspirar contra a resistência moral do País, espalhando nos espíritos a sementeira de dúvidas criminosas acerca da justiça por que nos defendemos em África. E vá ainda de fazer coro com os inimigos do inte-