Não é fácil, e quantas vezes não é possível, fazer crescer aceleradamente a riqueza, se os agentes humanos da sua produção não estão abertos à aceitação dos elementos indispensáveis a essa aceleração.

A ascensão social e cultural aparece, assim, ria situação em análise, não já como um objectivo paralelo do crescimento económico, mas como elemento e condição indispensável desse mesmo crescimento económico.

Não interessará muito falar da urgência de uma reestruturação fundiária, da necessidade de mecanização, da conveniência do associativismo, da acessibilidade ao crédito agrícola, da utilidade da formação profissional especializada, falar de programas e de projectos, de financiamentos a fazer e de empreendimentos a desencadear; falar de tudo isto a populações que não estão preparadas para receber de imediato semelhantes ideias.

Não interessará também de imediato quase de chofre e sem prévia preparação- fazer investimentos, possivelmente vultosos, e m situação de virem a ser socialmente pouco úteis e pouco rentáveis a quem deles deverá beneficiar.

Com tudo isto quero simplesmente dizer que é indispensável e em vésperas de entrada em vigor deste IV Plano de Fomento, principalmente em relação às populações menos evoluídas residentes em áreas que por ele vão ser influenciadas-, indispensável e extremamente urgente uma larga acção de mentalização, uma grande e intensa campanha de formação e divulgação, acção e campanha a desenvolver por todos os serviços com vocação especial para tanto.

Poderá esta questão não vir a merecer a devida atenção, mas se tal acontecer corre-se o risco de, por falta de receptividade dos produtores e trabalhadores agrícolas, por falta de receptividade do próprio sector, vir a perder-se muito do grande esforço que vai ser desenvolvido; corre-se o risco grave de não virem a concretizar-se plenamente os objectivos económicos e sociais pretendidos no Plano de Fomento.

No ano transacto existiam