No caso da E F T A , o consumo doe países de mais elevados rendimentos é relativamente insignificante. Saliento-se que nestes países tem particularmente lugar o consumo de vinhos de qualidade.

Quanto à Rússia e seus satélites, o desenvolvimento da produção, já assinalado, alimenta o próprio comércio inter-regional

Calculou-se para a França um coeficiente de elasticidade de procura do vinho de 0,7.

Nos países onde, pelo contrário, o uso não está generalizado, a concorrência de outras bebidas beneficia notoriamente quando ocorre um aumento nos preços do vinho.

De reato, factores psicológicos e sociológicos projectam-se numa restrição do consumo. Os fenómenos da industrialização, do urbanismo e da emigração, com as deslocações das populações rurais para outros ambientes citadinos ou estranhos, têm incidência negativa nos países produtores O mesmo pode acontecer com aia campanhas contra o alcoolismo:

A evolução das exportações dos principais países produ tores consta do quadro VI, elaborado a partir do trabalho da F A O , ]á citado, e de elementos do Office International de la Vigne et du Vin.

Destes países exportadores apenas a França se apresenta igualmente como grande importador.

Nos anos de 1969 e 1970 as importações da França totalizaram, respectivamente, 6 102 000 hl e 10 169 000 hl. No que respeita aos vinhos de consumo corrente, a sua proveniência distribuiu-se nestes termos.

Quanto à República Federal da Alemanha, o segundo grande importador da Europa Ocidental, as importações tiveram, nos anos referidos, a seguinte proveniência.

Quanto aos países do Leste, a U B S S , com 6 881 000 hl em 1969, e a República Democrática Alemã, com 1 023 000 hl no mesmo ano, ocupam as posições de maior relevo como importadores. A protecção dos mercados dos países produtores perante a concorrência externa conduziu as autoridades ao estabelecimento de fortes barreiras aduaneiras. O isolamento destes mercados e a fraca elasticidade no consumo dos respectivos países tem ajudado a explicar a manutenção dos preços a um baixo nível nos anos de colheitas abundantes.

As grandes variações dos preços constituíram, assim, uma das causas mais próximas da definição e execução de políticas traduzidas em aspectos como6.

a) Medidas legislativas respeitantes à vinificação, visando particularmente reprimir as fraudes e valorizar os vinhos destinados à exportação,

b) Créditos aos viticultores para armazenamento da sua produção,

c) Compras de vinhos para destilação,

d) Concessão de empréstimos para valorização ou reconversão de vinhedos no quadro de esquemas de desenvolvimento regional,

e) Ajuda à exportação

[...] «L'alcoolieme», Georgee Malignac, Que [...], P U F , nomeadamente o capitulo sobre a história dão medidas tomadas em Franca contra o alcoolismo.

Em artigo publicado no número de Julho-Agosto da Revue Vinícola International, D Boulet e J P Laporte (cf. pp 109 e sege ) põem a seguinte questão «Será absurdo conceber um vinho isento de álcool?» E acrescentam.

Tecnicamente tal operação não é impossível, uma vez que já sabemos como libertar o vinho do seu conteúdo alcoólico através de evaporação. O problema fundamental, neste aspecto, reside em eliminar o álcool sem destruir os outros- componentes voláteis e garantir a estabilidade do produto acabado. A produção de vinho isento de álcool poderia ter repercussões, consideráveis no consumo, do mesmo modo que tornaria possível aumentar a capitação do consumo e captai novos categorias de consumidores (o jovem, o homem idoso, etc.) Ainda que não possa ser obtido imediatamente um grande avanço no campo do vinhos isentos de álcool, pensamos que seria óptima ideia estudar as possibilidades de produzir e vender vinhos com fraco conteúdo alcoólico (entre 4.º e 7º) Na mesma ordem de ideias, o aperfeiçoamento e o fomento de sumos de uva espumosos poderiam proporcionar uma competição efectiva no mercado das sodas. Sendo o vinho actualmente uma bebida saudável e higiénica, a produção de vinhos isentos de álcool ou de vinhos de fraco conteúdo alcoólico abriria o merendo ao mais jovem, ao adolescente o ao mais velho