A meta dos 1 800 000 ha de área plantada, prevista para 1965, não foi, contudo, atingida nesse ano, revelando-se a cadência das plantações, a portar de 1960, muito menor do que aquilo que se programou.

Na Califórnia, de 1961 a 1964, os quantidades de uvas destinadas & produção de vinho foram contingentadas Igualmente, na República da África do Sul, perante uma colheita excepcional, foi contingentada em 1967 a produção comercializável. Poderemos pois, em resumo, dar relevo aos seguintes aspectos na economia mundial do vinho.

a) A área mundial plantada de vinha conheceu nos últimos anos relativa estabilidade, situando-se à volta dos 10 milhões de hectares.

A situação em 1970, em confronto com 1969 e 1960, era a seguinte entretanto, a produção passou de 286 milhões de hectolitros, na média de 1959-1961, para 282 milhões de hectolitros, ma média de 1964-1966.

A produção de 1970 atingiu mesmo os 300 Milhões de hectolitros, o que, relativamente a grandes espaços económicos e tendo em conta ainda a produção do ano anterior, nos permite salientar. Este aumento sensível da produção mundial nos últimos anos deve-se, pois, a uma melhoria mós rendimentos unitários.

Segundo elementos do Office Imternational de la Vigne et du Vin, a evolução dos rendimentos medras quinquenais e do potencial mundial ter-se-á processado nestes termos.

Previsões para os rendimentos mundiais, baseadas no período de 1950-1968, permitem afirmar que em 1990 o rendimento médio por hectare será de 39,3 hl,

d) Este aumento de produção tom sido principalmente absorvido pelos grandes países produtores, com excepção do morado islâmico.

Quando o vinho não encontro consumo nestes países, acabo, em boa paute, por ser destilado,

c) Os países pequenos produtores e os países não produtores têm, quase sempre, levantado limitações, por via impositiva, à entrada e consumo dos vinhos, pelo que o comércio internacional representa, anualmente, apenas 10 por cento do total do vinho produzido. Se exceptuarmos o comércio bilateral entre a França e a Argélia, este número descerá pana 5 por cento;

f) Cerca de 75 por cento das exportações respeitam a vinhos comuns, em regra destinados a lotes ou tratamento nos países de destino.

A proporção relativamente modesta Idas exportações de vinhos de qualidade tende, contudo, a aumentar,

g) A crescente melhoria de qualidade dos vinhos franceses mais reduzirá as importações deste país (16160 000 hl na média de 1954-1956; 15 718 000 hl na média de 1959-1961, 10 640 000 hl na média de 1964-1966) Gomo estas importações chegam a representar dois terços do vinho internacionalmente comercializado, tal facto não é despiciendo para as perspectivas das trocas mundiais,

h) As políticas desenvolvias no seio do Mercado Comum ou outras associações económicas internacionais (incluindo a latino-americana, onde ranço -Argentina, Chile, Brasil, Peru e Uruguai - dos onze associados são produtores) repercutir-se-ão grandemente no sentado e volumes do comércio mundial.

Já se chegou a escrever que o Mercado Comum está em vias de se encerrar a si próprio numa forte e protectora barreira alfandegária e que o fim último da sua política da uva e do vinho parece ser a auto-suficiência. Será viável um labor prospectivo relativamente ao comportamento da produção e do consumo, por exemplo aos anos 2010 ou 2020?

As plantações que se efectuarem no decénio de 1971-1980 projectar-se-ão naquelas datas, pelo que tal curiosidade não é desprovida ide sentido prático.

Os estudos prospectivos são sempre complexos e falíveis Assentem em numerosas hipóteses que os tempos nem sempre perfilham.

Trabalhos da F. A. O. , por exemplo, no que respeita ao consumo, prevêem um aumento de 25 por cento para o período de 1970 a 1980, passando o consumo corrente de vinho ide 260 pata 825 milhões de hectolitros.

Factores como o aumento da população mundial, a abundância das colheitas, os preços do vinho relativamente ao poder de compra das populações, a mobilidade territorial e social das massas, a intensidade da propaganda, etc., não podem ser minimizados a este propósito.

Os raciocínios desenvolvidos sobre uma situação mundial global são, de resto, passíveis de correcções, na medida em que o Mundo se divide em regiões económicas que tendem a afirmar a sua autonomia e nas quais a situação vinícola é muito diversa.

O Mercado Comum compreende os dois grandes consumidores mundiais (cerca de 45 por cento desse consumo). Acontece que o consumo francês acuse ligeira diminuição e o mercado italiano parece anunciar certa saturação Assim, a curva ido consumo do Mercado Comum não revela as mesmas tendências da curva mundial Como, por outro lado, a produção continua aí a aumentar, e situação.