Internacional da O. I. V. , realizado em 1050, em Istam bul, num evidente propósito de tornar acessível um produto que, devido as suas características alimentares, higiénicas e energéticas, merece a maior divulgação 12

A comparação das produções médias de 1059-1962 s de 1968-1966, dos principais produtores mundiais de uvas de mesa, frescas, com as de 1969 e 1970 resulta do quadro VIII

Os grandes produtores têm-se esforçado por reduzir o número das variedades, procurando, sobretudo, consagrar costas precoces e tardias, com vista a um mais dilatado período de comercialização.

Em Itália, a Regina representa cerca de 50 por cento da produção e mais de 75 por cento das exportações Na Grécia e ma Bulgária é praticamente a única variedade exportada Na Espanha ]untam-se-lhe as castas Valência, Aledo e Almeria (Chames), na ilha de Chipre, República da África do Sul e Austrália, a Sultana, e na Roménia a Moscatel de Hamburgo e Chasselas.

Na Califórnia, a produção de uva de mesa sem grainha conheceu particular expansão, atingindo cerca de 1 500 000t, das quais 450 000 t destinadas ao consumo em fresco. Nos últimos anos o desenvolvimento Ido comércio internacional de uva de mesa tem-se processado a uma taxa de 10 por cento ao ano, quantidades transaccionadas, na sua maior parte, na Europa. De facto, mesto continente, verificam-se 80 por cento das trocas.

Os Estados Unidos da América colocam os seus excedentes no Camada, a República da África do Sul abastece mercados do Reino Unido, da República Federal da Alemanha e da Suécia, as exportações da Argentina e do Chile dirigem-se para a América do Norte e para a Escandinávia.

A situação dos principais produtores e exportadores europeus ao começar a década de 70 pode, em certa medida, apreender-se dos elementos constantes do quadro IX

(1) Mais 70 000 t de passas.

Fonte: Ferreira de Almeida, Sobre o Problema da Uva de Mexa em Portugal Continental (exemplar ciclostilado).

O grande incremento nas exportações italianas para os outros países da Europa Ocidental (mais do que duplicaram a partir de 1950) encontrou emulação no caso da Bulgária. Este pais, que no período de 1955-1958 exportou, em média, 57 000 t, atingiu, em 1965, um valor record de 259 500 t.

A situação especial da Itália no Mercado Comum permitiu-lhe já no período de 1963-1966 destinar a este vasto e rico mercado 80 por cento das suas exportações de uvas de mesa.

A Bélgica e a Holanda, países que tradicionalmente cultivavam uvas de mesa em estufas, foram obrigadas a abrirem-se à produção dos seus companheiros da C. E. E. (Itália e França). De importações inexistentes em 1962 passaram, assim, para mas de 40 000 t por ano.

Mas as exportações da França têm-se dirigido particularmente para a República Federal da Alemanha e para a Suíça.

A República Federal da Alemanha é, de longe, o maior importador da Europa, com cerca de 40 por cento do volume total das uvas de mesa comercializadas neste continente (250 000 t).

E para este mercado que a Grécia tem dirigido grande parte das suas exportações, embora alguns excedentes tenham colocação igualmente no Reino Unido e na Escandinávia A situação da Grécia como membro associado do Mercado Comum permite-lhe beneficiar de regime preferencial, o que reforçará as suas exportações para a Comunidade.

A Espanha tem repartido principalmente as suas exportações pela C. E. E. (45 por cento), pelo Reino Unido (27 por cento) e pela Escandinávia (16 por cento).

Assinala-se no trabalho da F A. O, citado, que ca analise do consumo da uva de mesa nos países importadores revela que o seu nível em valor absoluto diminui em função da distância dos países exportadores, o que reflecte as dificuldades materiais levantadas pelo transporte de um género tão perecível, e, consequentemente, a incidência dos seus elevados encargos sobre os preços de importação» 12

O movimento das importações das uvas de mesa nu Europa conheceu a evolução que se segue (quadro x).

12 Cf. J. Leão Ferreira de Almeida, «Vamos comer uvas de mesa>, m Vida Rural, n.º 691, de 13 de Agosto de 1966.