As zonas passam a designar-se por

A zona Transmontana é constituída pelos distantes de Vila Real e Bragança, com excepção das áreas deste distritos pertencentes a Região Demarcada do Douro e à Região Demarcada dos Vinhos Verdes.

Sabendo-se da influência dos factores climáticos sobre as características do vinho, não será difícil concluir que o desta zona não terá o elevado teor sacarino dos do Douro, nem o verdor e o baixo teor alcoólico da região que lhe fica a poente.

Terras planálticas, dominadas por xistos precâmbicos e arcaicos e afloramentos graníticos, apresentam-se recortadas por uma notória cede hidrográfica E nas encostas destes afluentes e subafluentes do Douro que os vinhedos se fixam.

A vinha não constitui, salvo raras excepções, cultura dominante, e os vinhos produzidos são tontos, normalmente abertos, com uma graduação entre os 10º e os 12º.

Em zonas dos concelhos de Valpaços e de Miranda do Douro os vinhos são mais alcoólicos e carregados, em áreas de maior altitude (Boticas, Carrazeda, etc), os vinhos tendem para o tipo verde.

A produção encontra-se distribuída por pequenos lavradores (mais de 80 por cento pertencem a produtores que não excedem as cinco pipas), sendo em boa parte consumida regionalmente.

A zona da Beira Transmontana ou de Pinhel tem uma caracterização geográfica já assinalada por Barros Gomes e, depois, por Amorim Girão 80

A vinha ainda aqui não é cultura dominante, embora assuma preponderância no concelho de Pinhel e parte do de Figueira de Castelo Rodrigo e algum interesse em Tarouca e Moimenta da Beira.

Tem-se considerado, nesta zona de vinhos tintos, a existência de três subzonas, ecologicamente distintas a do Alto Côa, a do Baixo Côa e a da faixa encravada entre as regiões do Douro e do Dão.

A zona do Alto Côa (Sabugal e Guarda) produz vinhos incaracterísticos. A do Baixo Côa, com 50 por cento da produção total da zona, produz na generalidade vinhos tipo palhete, bem apaladados. Nela se incluem os concelhos de Pinhel, Trancoso e Almeida s as áreas de Figueira de Castelo Rodrigo e (Meda, que não pertencem à região do Douro. A terceira subzona produz vinhos pouco alcoólicos, embora por vezes de boa qualidade, como é o caso dos de Lamego e Armamar.

Também nesta zona se processa o consumo local da quase totalidade da produção. Só no caso do Baixo Côa alguma produção se encaminha para Lisboa e para o Porto.