A zona de Lafões fica encravada entre eu Regiões Demarcadas dos Vinhos Vendes e do Dão.

Trata-se de uma área bastante acidentada, formando a parte alta da bacia do Vouga. Emolduram-na as serras do Caramulo, Arada, Montemuro, Nave e Cota.

Além dos concelhos de S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, fazem dela parte as freguesias de Lordosa, Bodiosa, Calde, Campo e Ribafeita, do concelho de Viseu, Alva e Gafanhão, do concelho de Castro Daire, e Cedrim e Couto de Esteves, do concelho de Sever do Vouga.

O vinho constitui aqui uma das culturas dominantes, embora a propriedade esteja muito dividida. Cerca de 95 por cauto da produção provam de lavradores que não colhem mais de cinco pipas.

Os vinhos predominantemente tintos têm características especiais entre verdes e maduros - ditadas pela forma de cultura, clima e castas. A casta mais conhecida é a Amaral

A produção abastece o mercado local, regiões limítrofes e é ainda escoada para Lisboa.

A zona da Beira Litoral Norte é limitada a norte pela Região Demarcada dos Vinhos Vendes, a leste pela zona de Lafões e pela Região Demarcada do Dão, a sul pela Bairrada s a poente pelo oceano.

As altitudes só no concelho de Águeda excedem os 200 m.

A vinha apenas em freguesias dos concelhos de Águeda e de Aveiro atinge certa expressão.

Tal como habitualmente acontece com as produções das terras baixas e húmidas, os vinhos são incaracterísticos, de fraca graduação alcoólica e sem vida, dada a sua baixa acidez fixa.

No caso do concelho de Águeda, os vinhos apresentam já características que lhes doo aceitação fora da própria zona.

A produção regional é insuficiente para o consumo. A procura excedente é satisfeita pelos vinhos da Bairrada.

Tradicionalmente formada pelos concelhos de Oliveira do Bairro, Anadia, Cantanhede e Mealhada, a zona da Bairrada constitui um dos mais importantes centros produtores de Portugal continental.

O quadro XXVII revela a produção manifestada nestes concelhos nos últimos quatro anos.

Sesta faixa ide terras baixas, entre as bacias do Vouga e do Mondego e desde as abas da serra do Buçaco até ao oceano, a cultura dominante é, efectivamente, a da vinha.

A maioria da produção é constituída por vinhos tintos, distinguindo-se por sua cor, adstringência e corpo Atinge valores elevados o extracto seco. O grau alcoólico situa-se entre os 11º e os 13º

Os vinhos brancos, embora em pequena percentagem de produção, são de superior qualidade Fora isso contribuem as castas enxertadas, destacando-se a Pinot.

A vinificação de «bica aberta» é rodeada de particulares cuidados, tendo também em vista o fabrico de espumantes e de espumosos gasificados.

A percentagem da produção dos lavradores com menos de cinco pipas é superior a 65 por cento da produção total.

O vinho da Bairrada abastece regiões limítrofes, incluindo os núcleos de Coimbra e do Porto.

Na zona do Baixo Mondego costumam-se distinguir duas subzonas, com característicos físicas relativamente diversas - uma, a poente e jusante de Coimbra (concelhos ida Figueira da Foz, Soure, Montemor-o-Velho e Condena), outra, formada pelos concelhos do interior a lesto de Coimbra (Góis, Lousa, Miranda do Corvo, Penacova, Penela e Poiares). O próprio concelho de Coimbra fará ponte de uma ou outra destas subzonas, conforme a natureza das respectivas áreas que o integram.

A configuração do relevo do solo determina certa diferenciação climatíca entre as duas subzonas. As chuvas na subzona litoral são mais escassas (menos de 1000 mm), na subzona interior chegam a atingir os 1500 mm a 1750-mm (Buçaco s Lousa)

Os vinhos produzidos são principalmente tintos, embora bastante abertos. Os do litoral revelam-se de pior qualidade, com fraco grau alcoólico e baixa acidez fixa, o que compromete a sua conservação e características organolépticas.

A produção é, no geral, consumida na zona.

A zona de Leiria é uma das mais farteis e ricas ao Pais, onde a vinha constitui cultura de importância. Apenas na parte norte e na faixa litoral cede a sua posição de destaque ao pinheiro.

Arquiva-se no quadro XXVIII a produção manifestada nos últimos quatro anos nos concelhos que integram esta zona.

As produções unitárias suo, em regia, bastante compensadoras.

Os vinhos são de boa qualidade e definem-se num tipo genérico relativamente uniforme.

Destacam-se os de Alcobaça. Os vinhos criados nas «gaeiras» de Óbidos, nas suas características próprias, têm igualmente muitos apreciadores.

A produção abastece não só a zona, como ó exportada para mercados limítrofes, nomeadamente a norte.

A zona do Baixo Zêzere não constitui, geogràficamente, uma unidade definida. Embora abranja a bacia do Baixo Zêzere, a sua extensão e a configuração variada do solo conduzem à própria diversidade da paisagem.

Assim, poder-se-á falar de duas subzonas distintas a de altitudes superiores a 400 m e a das terras mais baixas, ainda que acidentadas.