Mesmo com as maciças saídas de aguardente de 1967 e 1969 as exportações para o estrangeiro têm-se mantido muito aquém das vendas a Angola.

Os elementos até aqui alinhados permitem entrever as complexas dificuldades com que se debate a vinicultura nacional alternativa de grandes e pequenas produções, obstáculos no ultramar à colocação dos excedentes, posição ainda relativamente secundária dos mercados estrangeiros, queima dos excedentes com desvalorização do produto e vendas maciças em momentos críticos e inoportunos. A exportação de vinhos comuns para os grandes mercados conheceu nos últimos anos a seguinte evolução:

(1) Mercados com certa permanência. Mercados flutuantes ou de expressão mínima.

Fonte: Junta Nacional do Vinho, relatório e contas dos exercícios de 1967, 1968 e 1969. Idem de 1970.

A análise deste quadro XLIX revela

a) Que neste período as exportações totais atingiram o quantitativo máximo em 1966 e o mínimo em 1970,

b) Que, não obstante a menor quantidade de vinhos comuns exportados em 1970, esse ano foi o dos maiores valores de exportação,

c) Que as quantidades exportadas para os países da E F T A atingiram o seu máximo em 1967, embora 1969 tenha sido o ano em que se arrecadaram, por conta das exportações, maiores valores,

d) Que as quantidades e os correspondentes valores globais de exportação para os países do Mercado Comum têm vindo sucessivamente a reduzir-se,

) Que o grande aumento, tanto nos quantitativos exportados, como nos respectivos valores, se verificou, no septénio, em relação à América do Norte,

f) Que, no respeitante a «outros mercados», as oscilações não permitem acentuar a firmeza de determinadas tendências.

As disponibilidades de vinho e respectivas cotações não podem, pois, ser minimizadas num estudo da posição portuguesa perante os mercados mundiais.

A quebra nas exportações tem, por outro lado, ocorrido nos vinhos comuns não engarrafados, cujo preço médio por litro evoluiu de 2$80 em 1967 para cerca de 3$90 em 1969.

O quadro L arquiva os números relativos à exportação de vinhos comuns (incluindo os regionais) engarrafados e não engarrafados, no período de 1962 a 1969. Os seus totais revelam, ligeiras discrepâncias em relação ao quadro anterior.