Ha, naturalmente, todo o interesse em conquistar uma maior expansão para os vinhas portugueses nos mercados escandinavos. Este esforço poderá, de resto, harmonizar-se com outros, como é, nomeadamente, o da propaganda turística de Portugal com vista ao maior afluxo de nórdicos ao nosso país.

Suíça

A exportação de vinhos comuns para a Suíça tem sido feita quase exclusivamente a granel (tanques e cubas). Traduz-se principalmente em vinhos correntes (não regionais) e, dentro destes, em vinhos tintos.

Os valores por litro são bastante baixos.

Em 1962 estabeleceu-se um acordo bilateral, no âmbito da E F T A , fixando-se um contingente de 100 000 hl. Este contingente foi ultrapassado largamente até 1969, conforme se pode ver do quadro LI. A diminuição nas exportações de 1970 foi considerável, a acompanhar a baixa global das exportações portuguesas de vinho comum, de harmonia com a própria escassez dês colheitas. Como, por outro lado, as cotações do vinho vendido a granel são (relativamente modestas, a quebra verificou-se igualmente nos valores totais de exportação. A evolução das comprais de vinho comum realizadas pelos países da Comunidade Económica Europeia em Portugal consta do quadro LII, que se segue:

Fonte: Junta Nacional do Vinho, relatório e contas de exercícios.

O panorama deste quadro não é optimista. No entanto, trata-se de países com elevados níveis de vida, embora, como já se salientou na análise da economia mundial do vinho, as condições de acesso aos mercados sejam difíceis.

Ainda, quanto aos países do Mercado Comum, será oportuno fazer algumas anotações. Assim:

Perante o deficit da balança comercial de Portugal com a República Federal da Alemanha seria de desejar um incremento das nossas exportações. O vinho deveria ocupar posição de interesse neste esforço. As dificuldades derivadas da existência de contingentamento têm-se, porém, oposto a uma maior expansão dos vinhos portugueses no mercado germânico.

A distribuição entre vinhos comuns a granel e engarrafados nos últimos cinco anos foi a seguinte:

O merendo alemão aprecia especialmente o nosso vinho branco adamado. Este apresenta, no total das exportações, 80 a 85 por cento.

A posição dos vinhos regionais é bastante insignificante.