Bélgica-Luxemburgo

Embora se refiram conjuntamente os dois países, é, naturalmente, o mercado belga que tem expressão e interesse.

As quebras nos quantidades exportados a partir de 1965 (ano record das exportações) são notáveis, a ponto de se chegar, em 1970, a números relativamente insignificantes.

«A preferência pelos vinhos portugueses é, naturalmente, só por si, factor que não pode ser decisivo e é sim o preço que vem, afinal, pesar na concretização das operações, não contando, por outro lado, com os compromissos que a Bélgica tem de cumprir como membro da C E E» 94.

A distribuição entre vinho comum branco e vinho comum tanto evoluiu, no período de 1964-1969, nestes termos:

A exportação tem-se realizado ma quase totalidade a granel.

As quantidades e valores de vinhos comuns engarrafados (incluindo os regionais) exportados no período de 1966 a 1969 não foram além de

Em 1970 exportaram-se 990 hl de vinho comum engarrafado.

Também em relação à Holanda se verifica uma diminuição nas quantidades exportadas (estas atingiam o máximo em 1965), embora os valores se tenham mantido.

Os preços unitários do vinho têm sido elevados. Na diminuição global das exportações verifica-se, contudo, um aumento nas quantidades de vinho engarrafado.

Quanto aos restantes países do Mercado Comum (França e Itália), já no parágrafo respeitante à economia mundial do vinho se referiram alguns aspectos da sua situação e perspectivas. No caso da França, outros vinhos portugueses que não os comuns (Porto e Madeira) têm encontrado neste país relevante aceitação. Os dois grandes mercados da América do Norte acusaram nos últimos anos o seguinte comportamento, relativamente às compras de vinhos comuns portugueses.

a) Estados Unidos da América

Os mercados americanos constituem, pois, as mais consoladoras realidades nos domínios da expansão externa dos vinhos comuns portugueses. A curva de crescimento nos Estados Unidos da América é verdadeiramente notável, tal como importante está a ser a introdução dos vinhos engarrafados no Canadá.

Atente-se com mais pormenor em alguns aspectos da situação e perspectivas dos vinhos comuns portugueses nestes dois países.

Estados Unidos da América

Para se completar a ideia da evolução espectacular na venda dos vinhos portugueses nos Estados Unidos da América poderá mesmo assinalar-se que em 1955 as exportações não passavam de 1690 hl e em 1960 não iam além de 9340 hl.

Outra notável realidade consiste no facto de se importarem quase exclusivamente vinhos engarrafados, com as vantagens do seu mais elevado preço. Acresce que estes são vendidos ao público com marca de origem dos exportadores portugueses.

Acentua-se no relatório de 1969 da direcção do Grémio do Comércio de Exportação de Vinhos o grande contributo dado à expansão dos vinhos portugueses de marca por duas firmas, «cujo trabalho, apuro técnico e indíscutível prestigio vêm honrando sobremaneira o comércio português e bem podem servir de exemplo a todo o sector onde inserem a sua actividade».

A continuação do esforço de propaganda, a seriedade e eficiência nos fornecimentos, as possibilidades extraordinárias absorpção do mercado americano, tudo se con-