Arada no caso do Brasil, as exportações têm consistido principalmente em vinhos comuns engarrafados, conforme resulta dos seguintes elementos.

Em Dezembro de 1968 foi decretada uma supertaxa (205 por cento sobre o valor C I F), que logo se repercutiu na quebra das nossas exportações para o país irmão.

Os vinhos regionais têm representado mais de metade do vinho comum exportado para o Brasil nos últimos anos.

Avulta o vinho verde. Não será ousado pensar que a presença de imigrantes oriundos do Noroeste de Portugal continental e a particular aceitação do vinho verde como bebida dos climas tropicais tenham radicado hábitos de consumo no Brasil. A evolução das exportações evidencia a importância das disponibilidades de produção e, sobretudo, dos preços praticados.

Num sector em que, por um lado, a concorrência de outros países produtores ou de produtos mais ou menos similares é assinalável e, por outro, as restrições dos países importadores são múltiplas, a obtenção de custos competitivos e a adequada estruturação das actividades ligadas à comercialização são essenciais.

Só na medida em que estivermos atentos às exigências de tais condicionalismos e lhes soubermos dar resposta eficaz é que poderemos encarar, com maior optimismo, a colocação no estrangeiro de percentagens mais elevadas da produção vinícola nacional.

Estará o nosso comércio de exportação organizado em termos de dar a melhor resposta ao «desafio» que lhe é feito?

O quadro LV indica o movimento dos agremiados do Grémio do Comércio de Exportação de Vinhos (incluindo os exportadores regionais) nos últimos anos.

Verifica-se, deste modo, que cerca de 80 por cento dos inscritos nada têm exportado. Quanto aos outros 70 por cento, uma boa parte é constituída por pequenos exportadoras. A exportação de aguardentes preparadas para mercados estrangeiros tem-se processado a baixos níveis Portugal é batido nesses mercados pela forte concorrência, a mais baixos preços, das aguardentes francesas, italianas e espanholas.

O quadro LVI refere as quantidades e destinos de exportação da nossa aguardente preparada no período de 1953 a 1970.