o vinho licoroso preferido dos Holandeses. Representa um quinto das importações totais de vinhos dos Países Baixos. A Espanha tem sido, de resto, o maior fornecedor de vinhos à Holanda, embora a Grécia tivesse, de 1966 para 1967, passado de 7000 hl para 102 000 hl.

O valor unitário do vinho do Porto exportado em contentores para a Holanda não foi além de 14$33 por litro e o encascado de 14$81 no ano de 1970.

Bélgica

Antes da 2.ª Grande Guerra as médias anuais de exportação para a Bélgica-Luxemburgo (período de 1936-1939) traduziram-se em 16 001 hl. No decénio de 1946-1965 elevaram-se a 41 524 hl. Nos últimos anos pouco têm excedido os 20 000 hl.

Mercado estacionário e com baixos preços médios por litro, ao que respeita ao vinho do Porto, a Bélgica abastece-se, quanto a vinhos comuns, principalmente na França. No entanto, com a assinatura do acordo de associação com o Mercado Comum, a Grécia conseguiu, já em 1968, exportar 100 000 hl de vinhos para a Bélgica. A Espanha nesse mesmo ano forneceu apenas 70 000 hl, ou seja menos 50 por cento do que na média do período de 1961-1967.

Dinamarca

É hoje o maior consumidor estrangeiro (consumo per capita) de vinho do Porto.

As importações de 1970 representaram quase o dobro das anteriores à 2.ª Grande Guerra (9953 hl na média dos anos de 1936-1939).

Os preços médios de exportação mantêm-se superiores aos preços médios gerais.

O preço geral médio de 19$25 por litro foi o mais elevado obtido em 1970, entre os países para os quais não é obrigatória a exportação de vinho engarrafado.

Antes da 2.ª Grande Guerra (média de 1936-1939) as importações suecas cifraram-se em 5684 hl. Os 10 314 hl de 1970 revelam um aumento de 13 por cento relativamente a 1969.

Entre 1969 e 1970 verificou-se um incremento de 89,2 por cento nas importações de vinho do Porto. Isto foi permitido pelas disposições regulamentaras do Mercado Comum, entrados em vigor em 1970, relacionadas com a circulação dos produtos agrícolas.

Quanto aos restantes mercados do vinho do Porto, a nota mais saliente entre os anos de 1969 e 1970 consistiu num decréscimo de 41 por cento nas exportações para a Suíça. Os elementos alinhados a partir do n.º 32 do parecer, se bem que fragmentários, são suficientes para evidenciar a importância do vinho e produtos vínicos na economia portuguesa.

O vinho e produtos vínicos ocuparam, em 1970, o primeiro lugar entre os nossos principais produtos de exportação.

Contos

12.º Máquinas e aparelhos industriais não eléctricos 672 304

14.º Cordéis, cordas, cabos de sisal e de

Se alargarmos a análise ao período de 1967-1970, o resultado é o mesmo. Na verdade, os valores médios de para este quadriénio foram os seguintes:

Contos

12.º Máquinas e aparelhos industriais não eléctricos 500 965

A área ocupada pela vinha, os dias de trabalho que assegura o seu granjeio, os rendimentos da produção vinícola, as divisas que advém para o país das exportações, etc, tudo ainda hoje se conjuga para manter a validade de um estribilho que ganhou consagração popular «Beber vinho é dar de comer a mais de 1 milhão de portugueses».

§ 8.º

1 - Antecedentes No capítulo deste parecer intitulado «Nótulas históricas» abordaram-se alguns aspectos conexionados com a política vitivinícola em Portugal (n.ºs 14 a 21).

A análise deteve-se, porém, nos anos 30. Na verdade, a Constituição Política de 1933 e o Estatuto do Trabalho Nacional consagraram princípios político-administrativos que se repercutiram nos domínios da vitivinicultura.

Ao retomar-se agora a exposição sobre a política vitivinícola, a partir de 1933, julga-se conveniente precedê-la de uma síntese das principais orientações dos três primeiros decénios do nosso século.

Far-se-á uma referência maior ao período de 1931-1933, em que o Decreto n.º 19 253, de 17 de Dezembro de 1930 (publicado no Diário do Governo, de 19 de Feve-