em curso se atingiu uma média de 724 alunos nos ensinos preparatório e secundário.

Há, pois, que considerar a necessidade da criação de uma escola de ensino médio, qualquer que seja o ramo, naquele concelho, pronta a absorver as centenas de alunos que em breve terão natural acesso a este grau de ensino.

Caso contrário, estaremos frente a uma barreira que o factor económico não deixa transpor.

Repare-se que a situação geográfica de Ponte de Sor permite que sirva de apoio a concelhos de menor densidade de população escolar, que não justificam portanto o funcionamento de estabelecimentos de ensino deste teor.

Sr Presidente, Srs Deputados* Em síntese, solicitamos, com igual prioridade:

1.º Que sejam criados, de imediato, estabelecimentos de ensino do ciclo preparatório directo nos concelhos de Crato, Sousel e Marvão, e facultado aos Municípios de Arronches e Monforte transporte que garanta a possibilidade de os alunos nele residentes frequentarem o ciclo, o ensino secundário, médio ou superior na cidade de Portalegre,

2.º Que sejam criadas secções de ensino secundário em Avis, Nisa e Castelo de Vide;

3 º Que se aproveitem as óptimas instalações situadas na freguesia de Benavila, concelho de Avis, no presente sem qualquer utilização válida, e se faça funcionar ali uma escola prática de agricultura;

4 º Que em Ponte de Sor seja criada uma escola de ensino médio,

5 º Que em Eivas seja criada uma escola de educadoras de infância e um estabelecimento de ensino agrícola, médio ou superior,

6º Que em Portalegre, e em colaboração com a Universidade de Évora, seja garantido desde já o funcionamento de cursos de Engenharia Têxtil.

O Sr Ministro da Educação Nacional, ao confirmar a posse do magnífico reitor da Universidade de Évora, salientou de novo «que não podemos descansar enquanto na sociedade portuguesa todos os cidadãos não usufruírem cada vez mais amplamente dos direitos em que se integram o da educação, da saúde, da habitação, do trabalho, da participação na vida colectiva e de benefícios sociais que permitam a cada um viver uma vida digna de ser vivida São direitos que exigem também deveres perante a Nação»

É, pois, para que as populações da região alentejana, e particularmente do meu distrito de Portalegre, tenham cada vez mais consciência desses deveres perante a Nação e possam usufruir dos direitos que S. Ex.ª enunciou, que eu levanto estes problemas, confiado em que quem os pode ajudar a resolver lhes dará, com a urgência que requerem, as soluções que pedimos.

Vozes: - Muito bem!

cargueiros aéreos traziam destinava-se ao Estado de Israel.

2 Será este o momento -agora que estão em curso, felizmente não acelerado, as negociações para a eventual renovação do acordo sobre a utilização da grande base dos Açores - de apontar a esta Câmara, ao Governo e ao País certos aspectos que ressaltam de trinta anos de convívio entre portugueses dessas ilhas e norte-americanos estacionados naquela base.

O primeiro aspecto é positivo Em tantos anos podem considerar-se excepcionalmente raros os atritos surgidos entre as duas comunidades, que pouco se interpenetram e vivem em paz Seguramente em nenhum outro lugar do Mundo serão os Norte-Americanos tão pouco hostilizados como entre a gente dos Açores o têm sido O facto de darem emprego a cerca de 1500 civis portugueses fez da base aérea um pequeno pólo, não direi de desenvolvimento, mas de fixação de gente que, por isso mesmo, emigra da ilha Terceira numa percentagem inferior à do resto do arquipélago. Aqueles empregados estão sujeitos a uma disciplina que, sob vários pontos de vista, os valoriza profissionalmente, na medida em que lhes transmite esquemas mentais práticos e determinados hábitos de trabalho.

Mas, paralelamente com isto, surgem muitas coisas que, em boa medida, anulam estas pequenas vantagens, quando deviam antes sublinhá-las e aumentá-las até Referir estas coisas pode contribuir para a destruição de um mito generalizado e alimentado por quem possa ter interesse em o manter o do valor da permanência, naquela base portuguesa, de militares norte-americanos, nas condições actuais.

O estatuto, substantivo e processual, dos trabalhadores portugueses é claramente desfavorável a estes últimos A sua incipiente e balbuciante representação corporativa não conseguiu ainda, de facto, e mau grado os seus esforços, uma efectiva e real equiparação, pelo menos às dos trabalhadores das empresas privadas nacionais, nem o acesso aos tribunais do trabalho.

Os residentes norte-americanos gozam de um estatuto jurídico-penal que, também de facto, se revela atentatório da soberania portuguesa, e que de maneira alguma pode manter-se.

O Sr. Ávila de Azeredo: - Muito bem!