Até já lhe chamam uma estrada eleitoral, pois desde 1870 que ela é oferecida aos eleitores na altura das eleições. Mas nada se concretizou até hoje. No entanto, é de tal importância essa estrada, que é a única que ligaria essa freguesia serrana à sede do concelho Presentemente, os habitantes dessa aldeia, para chegarem à sede do concelho, têm de passar, nada mais nada menos, por três concelhos diferentes Faro, Loulé e S. Brás de Alportel. Isso justifica bem que V Exa., na sua intervenção, tenha feito realçar esse troço de estrada, o que muito lhe agradeço.

Mais uma vez, Sr Ministro das Obras Públicas, agradeço a resolução de problema tão relevante.

Inteirou-se S. Exa. também do problema das ruas de Faro, onde a Comissão Regional de Turismo do Algarve tem desenvolvido acção meritória, tendo-se em vista o volume das verbas a despender, não só na renovação dos esgotos, como de outras infra-estruturas urbanísticas Agradeço a atenção de S. Exa. a este problema, já que por razões várias aquelas obras se têm arrastado, dando às ruas de Faro, às ruas da capital algarvia, aspecto deplorável e nada turístico nem higiénico.

Outro ponto mereceu a atenção do Ministro das Obras Públicas, com o que muito me congratulei Trata-se do abastecimento de água do Algarve.

Verifiquei que S. Exa. e o Governo continuam atentos a tão importante como urgente necessidade do Algarve

Sem água o Algarve estiolará como flor que cresceu, que mostrou toda a beleza com que a Natureza a fadou, mas que, por incúria ou outras razões, não lhe foi fornecida água na altura precisa.

O Algarve necessita de água e agora?

Assim o disse em 29 de Março de 1973, ao comentar a resposta que me foi dada a uma nota de perguntas por mim formuladas ao Governo, para elucidação das suas intenções e directrizes para o abastecimento .de água do Algarve.

Pois bem, não só a resposta de então me permitiu verificar que o Governo, que o Ministro das Obras Públicas, estava atento ao problema, como agora constato, pela visita de S. Exa. o Ministro Rui Sanches, que o assunto continua na ordem do dia daquele estadista.

Mais uma vez obrigado Sr. Ministro, mas atrevo-me a solicitar urgência.

Os planos de trabalho não permitem augurar a construção da barragem de Odeleite na vigência do IV Plano de Fomento, e, assim sendo, o Sotavento e até o pólo de desenvolvimento de Faro-Olhão, que para mim tem que vir a ser uma realidade breve, podem estiolar e morrer.

Para terminar e não enfadar demasiadamente a Câmara, ainda realço, pela importância e significado, a atenção que S. Exa. deu à estrada n º 125 - longitudinal algarvia-, à estrada nacional de penetração n º 264, que passa em S. Marcos da Serra, e à ponte sobre o Guadiana.

Com efeito.

Urge aprontar a estrada n.º 125, para que possa, no período de ponta estival, abarcar o trânsito extraordinário que por ali pretende escoar-se;

Urge abrir mais uma porta de penetração (e outras terão também que ser abertas - Almodôvar-Sahr),,para o Algarve, a fim de que aqueles que o procuram do Norte não sofram os tormentos das curvas e contracurvas das estradas existentes;

Urge, assim, terminar o troço da estrada nacional n º 264, entre S Marcos da Serra e S Bartolomeu de Messines;

Urge, finalmente, acelerar e eliminar de vez os pontos de estrangulamento que entorpecem a construção da ponte sobre o Guadiana em Vila Real de Santo António.

Foi com júbilo que em 17 de Dezembro de 1969 agradeci ao Governo a decisão da construção daquela ponte, já que era suma antiga aspiração do povo algarvio Antevista para breve durante o exercício do saudoso Ministro Engenheiro Duarte Pacheco, algarvio qualificado e ímpar governante [. ], parece», disse então, «vir a ser agora uma realidade».

Mas não foi a realidade que antevi e desejava efectivada, já que se passaram quatro longos anos e a passagem entre Vila Real de Santo António e Alamonte faz-se ainda por meio de barcaças, método eivado de inconvenientes.

Sr Presidente Permita-me ainda, antes de finalizar a minha fala, apresentar mais um agradecimento a S. Exa. o Ministro das Obras Públicas e Comunicações, pedindo-lhe deste lugar que continue a olhar para o Algarve como o tem feito até agora.

As gentes que ali vivem e trabalham, e eu pessoalmente, ficar-lhe-ão eternamente gratos.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem!

O Sr. Medeiros Galvão: -Sr. Presidente Foi sob o consulado de Salazar, longo de 40 anos, que a ordem social então estabelecida se firmou e creditou, graças a medidas de saneamento adoptadas pelo eminente estadista nos múltiplos sectores da vida nacional, reconduzindo a Nação Portuguesa à sua dignidade histórica, após a situação caótica, redimida pelo 28 de Maio de 1926.

Vozes: -Muito bem!

O Orador: - Marcelo Caetano, sucessor imediato de Salazar na Presidência do Conselho e seu colaborador na obra ingente de ressurgimento nacional, manteve tudo o que é essencial na doutrina, preconizando uma permanente adequação de fórmulas político-administrativas, em ordem às realidades, motivadas pelo {progresso, que levaram a profundas alterações na vida social de todos os povos no Mundo. Essas alterações tiveram particular acuidade na Nação Portuguesa, esparsa por vários continentes, com aspectos geográficos, sócio-económicos e humanos os mais variados.

O factor que creditou fundamentalmente o Regime foi sem dúvida a seriedade e regularidade com que têm sido executadas as programações governamentais, salvaguardadas justificáveis razões imprevísiveis, que não escapam ao consenso nacional, sempre sensível aos sentidos da verdade e justiça.

Sr. Presidente: Na exaustiva andança, até às mais longínquas povoações do Algarve, durante a última campanha eleitoral, tivemos ocasião de ouvir direc-