mento, e já há algum tempo, se debruça seriamente sobre este problema, por consequência, nós, Assembleia Nacional, nós, representantes do povo, podemos estar, penso que o posso afirmar, seguros de que o Governo está atento e acautelará os interesses dos nossos homens para não sofrermos qualquer revés daqueles que ficam marcados.

Suponho que respondi o necessário.

O Sr. Barreto de Lara: - Estou profundamente esclarecido. Muito obrigado, Sr. Deputado.

O Orador: - De qualquer forma, uma posição militar forte e um bom escudo de forças de segurança são fundamentais.

A autonomia progressiva e participada tem de ser uma realidade autêntica e concretizada a passo acelerado. Só dessa forma mostraremos, à nossa gente e ao mundo, a verdade dos nossos conceitos e a nossa decisão inabalável de os concretizar.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Viegas Carrascalão: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Como português de Timor, como um dos representantes nesta Assembleia dos interesses e aspirações do povo timorense, que, apesar de viver na mais longínqua parcela do território nacional, possui as mais lídimas virtudes rácicas e o mais alto espírito de lusitanidade, quero deixar bem expresso o apoio da província ultramarina de Timor ao Governo de Marcelo Caetano.

Nenhum ultramarino pode deixar de estar ao lado do Sr. Presidente do Conselho, cuja notável política em relação a todo o ultramar inspira a mais profunda confiança e merece o maior e o mais vivo aplauso.

O discurso de S. Exa. proferido no passado dia 16 de Fevereiro, teve, na parte em que se refere ao ultramar, e não só, a maior repercussão em todas as longitudes e latitudes onde flutua a bandeira verde-rubra.

O Presidente Marcelo Caetano afirmou que «do trabalho do Chefe do Governo e de alguns dos seus Ministros, uma grande parte, todos os dias, é consagrada ao ultramar».

Todos nós sabemos que assim é, todos sabemos o esforço ingente desenvolvido pelo Sr. Presidente do Conselho em prol da promoção económica, política e social de todo o ultramar português, todos sabemos que o IV Plano de Fomento vai incrementar, sempre mais, o progresso de todo o Portugal, metropolitano, insular e ultramarino; todos sabemos, numa palavra, que estar ao lado do Presidente Marcelo Caetano é estar ao lado do ultramar, é estar ao lado de Portugal.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Bons portugueses, que nos prezamos de ser, a nossa atitude só pode ser uma - seguir, incondicionalmente, a política ultramarina do nosso Chefe do Governo, repudiar todas as atitudes que quebram a unidade e o ânimo da Nação e condenar abertamente, veementemente, todas as críticas à política do Presidente Marcelo Caetano, venham donde vierem, venham de quem vierem.

Todos os Deputados ultramarinos estão nesta Assembleia para representarem e defenderem os interesses dos povos que os elegeram, e todos os Deputados ultramarinos sabem que têm a obrigação moral de servir a vontade desses povos.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Ora, a vontade desses povos, claramente expressa na linguagem dos votos com que nos elegeram, a vontade desses povos, dizia, é a de que estejamos firmemente unidos ao Governo, ajudando-o, com ele colaborando, dando-lhe todo o nosso apoio e auxílio, para que possa levar a bom termo a sua política de ressurgimento nacional, a sua política eminentemente portuguesa, honesta e verdadeira.

O Sr. Moreira Longo: - Muito bem!

O Orador: - O Presidente Marcelo Caetano honra a sua pátria pela forma superior como a serve, o Presidente Marcelo Caetano honra-nos a nós, portugueses, pelo exemplo de rara dignidade que dá ao Mundo, honra-nos pelas suas invulgares qualidades de estadista ímpar, que o impuseram ao respeito e à devoção dos seus concidadãos, tal como o impõem à consideração de todos os estadistas que se não deixam arrastar por fanatismos nem se deixam enganar pelos falsos profetas de ideologias negativas, que apregoam vergonhosas mentiras e aleivosias, de que se aproveitam os inimigos de Portugal, mas que não encontram eco junto das gentes de bem.

Perguntava o Sr. Presidente do Conselho.

Mas há ou não uma política ultramarina em marcha?

Nós respondemos sem hesitações Sim! Há uma política ultramarina em marcha, tal como há uma política geral que serve os verdadeiros interesses da Pátria.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Dou, sem reservas, a minha aprovação à proposta de moção de apoio à política do Governo, na certeza de que traduzo o pensamento do povo de Timor, que há já mais de quatro séculos optou por ser português e para poderem continuar portugueses não regatearão esforços nem hesitarão em se sacrificar às dezenas de milhares, como sucedeu durante a ocupação estrangeira, regando o solo amado com o seu sangue generoso para que Timor continue, agora e sempre, parte integrante de Portugal.

Vozes: - Muito bem!

O Orador - Trabalhemos confiadamente, abnegadamente, heroicamente até, trabalhemos ao lado do Presidente Marcelo Caetano para ajudar o nosso tão prestigioso Chefe do Governo a «criar para Portugal o futuro digno dos portugueses».

Vozes: - Muito bem!