de ar e sol a que a família portuguesa tem direito e necessidade, evitando que os benefícios desta zona privilegiada revertam a favor de qualquer organização particular, até porque estão em causa zonas verdes, que urge não deixar anular, pois que representam a maior defesa para os nossos filhos, os quais garantem a continuidade da Nação».

Nestas condições, os habitantes da freguesia de Oeiras não vêem necessidade de alterar os limites da sua freguesia, cedendo terrenos amada vagos de urbanização à de Paços de Arcos, reprovam a alteração proposta, por não estarem em causa os limites das freguesias, e pedem é acção imediata para o estudo e implantação urgente do Parque Florestal e Recreativo das Antas.

Apelando para a intervenção das entidades oficiais competentes:

Ministério das Obras Públicas, onde se contam a Direcção-Geral dos Serviços de Urbanização, o Gabinete do Plano Director da Região de Lisboa e a Direcção de Urbanização do Distrito;

Ministério da Marinha,

Administração-Geral do Porto de Lisboa;

Direcção-Geral do Turismo,

Comissão Nacional do Ambiente;

convidam os responsáveis a visitarem o loca], para, na presença do que a Natureza ainda oferece, procurarem salvaguardar o que resta dessa maravilhosa vista sobre o Tejo, o mar, Lisboa, a Outra Banda, numa integração paisagística que melhore a sua futura qualidade de vida.

Sugerem à presidência da Câmara Municipal de Oeiras que, em colaboração com as referidas entidades, mande desenvolver o plano geral de aproveitamento e valorização social desses terrenos, onde poderiam e deveriam ser previstas amplas zonas verdes de recreio, parque infantil, campos de jogos, esplanadas, arruamentos de fácil acesso e parques de estacionamento, esplanadas e restaurantes, quiçá mesmo hotel devidamente enquadrado na paisagem.

Atrever-me-ia ainda a juntar, como hipótese alternativa ou complementar, nesta idade do social e explosão escolar, o aproveitamento de algumas dessas centenas de milhares de metros quadrados para instalação de estabelecimentos escolares, que virão a faltar em zona em acelerado crescimento populacional e forte percentagem de casais jovens.

Sempre seria melhor essoutra valorização social do que as florestas de cimento armado, essas «gaiolas» que por todo o lado vão surgindo a tapar a visão panorâmica dos primitivos moradores dos Bairros do Dr. Augusto de Castro e das Figueirinhas, hoje igualmente entaipados de vistas ou quase, de ar e sol, de luz natural, numa urbanização «palmo a palmo», que tem tanto de desgracioso como de inumano e artificial.

O Sr. Ávila de Azevedo: - Muito bem!

O Orador: - Que quadro de vida estamos a erguer, a consentir nos arredores desta Lisboa?

Não iremos alterar uma vez mais as características urbanísticas e arquitectónicas desta zona marginal do Tejo e aberta ao mar, influindo sobre o viver dos habitantes e das dezenas de milhares de pessoas que neste período primaveril-estival que se anuncia afluem à Costa do Sol, para se recrearem e recuperarem energias, atenuando o desgate de uma vida intensa de trabalho e os efeitos de uma poluição física e, sobretudo, psicológica que diariamente os contamina na cidade?

Espero que tal não suceda.

À digna consideração das entidades responsáveis aqui trago mais esta outra aspiração dos habitantes do meu círculo, pedindo que seja devidamente considerado o seu estudo e realização.

Vozes: - Muito bem!

objectividade tantas vezes demonstrada na apresentação de problemas inerentes ao bem-estar das populações, objectividade essa que vem oferecendo contributo tão valioso à prossecução de uma política de equilíbrio e de justiça social - meta preocupante da acção governativa.

Pena é que nem sempre seja devidamente compreendida, nem igualmente aceite, a análise oportuna dos problemas que preocupam a Nação, desvirtuando-se quantas vezes, deste modo, o apoio dado à política governamental.

No entanto, ao aceitarmos este mandato, quão estreitamente nos vinculámos ao sagrado direito e indiscutível dever de permanecermos atentos ao desenrolar da política nacional!

A Nação, e em especial esta Câmara, viveram, nos últimos dias, uma das fases mais responsáveis da sua história.

Foi conscienciosa e conscientemente que dei o meu voto à moção apresentada pela Comissão do Ultramar, apoiando a linha de rumo seguida pelo Sr. Presidente do Conselho, muito particularmente no que se refere à política ultramarina Assim, é meu desejo reafirmar, de viva voz, a minha firme adesão à política de Marcelo Caetano, o ilustre governante cujo nome o mundo adverso respeita e os Portugueses, dignos da nacionalidade que não renegam, admiram.

Vozes: - Muito bem!