os ramos de ensino e que, por outro lado, elas fossem extensivas aos problemas do ensino no ultramar.
Finalmente, que se tivesse sempre presente, e tenho a certeza que nesta Casa tal aconteceu, que o professor desempenha na sociedade de todos os tempos uma das mais importantes funções; eu atrever-me-ia a dizer que ele desempenha a mais importante de todas as funções, visto que nenhuma outra profissão existe se não existirem professores.
Muito obrigado.
O interruptor não reviu
A Oradora: - Agradeço a V Ex.ª a sua intervenção, que veio enriquecer as minhas considerações.
Esta deve ser a palavra de ordem quando se fala de educação de juventude, o que corresponde a futuro promissor.
Essa palavra de confiança poderá consistir na colaboração de todos nós nesse futuro, criando ao professor o ambiente carinhoso de que ele carece para continuar na sua missão ou ser atraído para ela. Por isso eu peço aos meios de comunicação social que estejam atentos a este problema e que promovam vasta campanha de mentalização da sociedade, fornecendo à família, em artigos ou programas (talvez mesmo diários), a informação de que ela necessita, preparando-a para colaborar no actual ensino básico, que é de novidade para muitos, que é o desconhecimento total para outros.
A informação a fornecer dirigida à família terá assim de ser extremamente acessível, despida de tecnicidade e, sobretudo, de grande fundamento humano. A este particular gostaríamos de voltar um dia.
Esta informação será bem aceite e a todos poderá proporcionar enriquecimento pessoal.
A família precisa de esclarecimento - o professor precisa de apoio moral!
Por que esperamos?
Vozes: - Muito bem!
O Sr. Alberto de Alarcão: - Sr. Presidente: Ao apreciarmos no início desta XI Legislatura o projecto da proposta de lei sobre o IV Plano de Fomento, para 1974-1979, tivemos oportunidade de aprovar na sua base V que o esforço de desenvolvimento económico e social dos territórios e da população do continente e das ilhas adjacentes visará, nomeadamente, os seguintes objectivos:
Promoção do bem-estar e do progresso social;
Ordenamento do território e correcção dos desequilíbrios regionais, tendo em conta a valorização do factor humano e o aproveitamento das potencialidades naturais de cada região, nomeadamente das áreas menos desenvolvidas.
Tendo em consideração os requisitos da política de ordenamento do território, e em ordem à progressiva correcção dos desequilíbrios regionais de desenvolvimento, deverá ser dada prioridade às actuações tendentes a promover
O fortalecimento e equilíbrio da rede urbana e de apoio rural, com a finalidade de proporcionar às populações e às actividades produtivas, os necessários equipamentos sociais e económicos, concentrados a distâncias adequadas;
A expansão descentralizada da indústria e dos serviços, orientada para novos pólos de desenvolvimento e centros de crescimento urbano-industriais;
A ocupação racional de espaço rural, visando a progressiva especialização das actividades agro-pecuárias e florestais e as exigências do equilíbrio ecológico, da conservação do solo e da defesa do ambiente.
Igualmente se estabeleceu que os equipamentos económicos e sociais exigidos pela valorização das diversas áreas do território serão instalados, atendendo à urgência de satisfazer as necessidades básicas das populações em matéria de educação e cultura, saúde, urbanização e habitação, abastecimento de água e electricidade, saneamento, transportes e comunicações.
Iremos hoje sair, Sr. Presidente, desta «grande Lisboa», que nos tem ocupado ultimamente, para considerarmos uma área rural deste circulo lisboeta, para o que recorreremos, a título exemplificativo, ao concelho-sede desta Estremadura agrária, o Oeste, a vila de Torres Vedras e seu termo.
Reflectiremos assim sobre a conveniência ou não de começarmos a cuidar, também neste Portugal metropolitano, do planeamento da ocupação humana no espaço rural e reordenamento das suas gentes.
Torres Vedras, concelho de dilatada e rica expressão económica e social, viu crescer o número de habitantes de 24 000, em 1864 - há cerca de um século -, para perto de 60 000, actualmente.
Compõem-no no presente dezoito freguesias, umas de mais antiga expressão e notável historial, como Santa Maria do Castelo e S. Miguel, S. Pedro e Santiago, em sua sede concelhia; outras bem mais recentes, como Campelos e Silveira. Na própria área rural, A dos Cunhados e Carvoeira, Dois Portos e Matacães, S. Mamede da Ventosa ou S. Pedro da Caldeira, Runa e Maxial (antigamente Alcabrichel), Ramalhal e Tarcifal, têm longa tradição ou certa projecção e desejam, como as demais - Carmões, Freiria, Monte Redondo e Ponte do Rol -, melhorar o seu viver, usufruir dos benefícios da civilização.
Consciente de que: «fazer política tem de ser, mais do que nunca, auscultar aspirações humanas e examinar situações de facto - para dar a umas a satisfação justa e a outras a resposta adequada», a Comissão Concelhia da Acção Nacional Popular de Torres Vedras visitou e inquiriu as freguesias para equacionar as aspirações das suas gentes.
São inúmeras as pretensões formuladas, que a letra de forma passaram em folheto que nos chegou às mãos.
Seja-nos permitido começar, nesta batalha da educação em que estamos empenhados, pelos problemas do ensino e suas instalações.
eportando-nos a Torres Vedras, sede concelhia, transcreveremos, com ligeira adaptação e actualização:
Instalações escolares uma prioridade regional incontestável,
Liceu Nacional começou a funcionar no início do ano lectivo de 1972-1973 o Liceu Nacional de Torres Vedras, recentemente criado