Utilizará, para uma população escolar de, aproximadamente, 850 alunos - 1500 no ano lectivo de 1973-1974 -, as mesmas instalações da ex-Escola Secundária Municipal de Torres Vedras, que fora transformada em secção do Liceu Nacional de D. Pedro V, cuja lotação legal era de 312 alunos. Assim torna-se urgentíssima a construção de edifício próprio para o Liceu Nacional de Torres Vedras, projectado oficialmente para 40 salas de aula. Espera-se que na nova construção tudo esteja ordenado em função dos seus objectivos pedagógicos e ainda se cativem terrenos anexos para o futuro parque de desportos;

Escola Preparatória do Padre Francisco Soares: de extraordinária urgência é também a construção de edifício próprio para esta Escola Preparatória, cuja frequência se estimava em 2500 alunos para o ano em curso;

Lar para estudantes: convergindo para a sede do concelho uma população escolar oriunda dos concelhos limítrofes de cerca de 2000 alunos (para a Escola Preparatória, Escol a Industrial e Comercial e Liceu Nacional), com implicações de alojamento, complexidade e deficiências horárias de meios de transporte, seria de enorme relevância sócio-política a criação nesta localidade de um lar ou residência para estudantes;

Jardim-Escola de João de Deus: incentivar e apoiar a construção do edifício do Jardim-Escola de João de Deus, a funcionar em instalações provisórias;

Ampliar a rede de escolas primárias (e do demais ensino básico) na sede, como nas restantes freguesias do concelho.

Em meios rurais pode ser auxiliar precioso a instalação da Telescola, não devendo ser igualmente esquecidas as pretensões, por vezes, de habitações para professores, cantinas escolares, criação de bibliotecas, etc.

Passando às demais aspirações, em concelho que contava em 1960 com perto de 350 lugares recenseados, sumariemos as seguintes:

Abertura de vias de comunicação: estradas e caminhos vicinais (algumas pedidas há dezenas de anos para lugares algo isolados), pontes e pontões, acessos a povoações, ruas, arranjo de largos. Bem poderão servir, para além das actuais actividades económicas, novas funções, como o aproveitamento turístico do território através de estrada marginal que já baptizaram de «atlântica»

Mas não importa apenas a sua abertura ou alargamento, impõe-se cuidar da sua conservação - reparação, do alcatroamento de estradas ou calcetamento de caminhos, ruas e largos.

Da publicação recolho: «a estrada é nova e ainda não foi alcatroada, est ando assim a perder-se» ou «esta reparação é de grande necessidade, porquanto dela depende o estabelecimento de transportes colectivos de que muito beneficiariam quatro povoações que estão a despovoar-se, devido a estarem muito distantes dos locais onde passam as camionetas de transporte de pessoas;

Estabelecimento de carreiras de camioneta e melhoria dos seus horários (para não citar a instalação de «estação central de camionagem», que não vi aí referida e estará, porventura, algo resolvida através das estações de empresas de camionagem);

Abastecimento de água, cobertura de poços, instalação de bombas, fontanários;

Nos pequenos meios rurais ainda se continua a solicitar lavadouros públicos;

Saneamento: esgotos a fartarem em quase todas as freguesias rurais, colectores e demais rede insuficiente em sua sede concelhia, a aspirar já a central depuradora que elimine poluição do rio Lisandro.

Serviços de limpeza, vazadouro de lixos, instalações sanitárias a aparecerem entre as solicitações, implicando a melhoria dos serviços municipalizados e ampliação dos quadros do pessoal de limpeza;

Electrificação: extensão da rede, ampliação e melhoria da intensidade da iluminação pública - é matéria em que bastante se progrediu, mas restam áreas escuras a servir, numerosos lugares a electrificar;

Outras infra-estruturas e equipamentos sociais: para além dos reclamados para a sua sede (edifício dos Paços do Concelho, instalações para a secção de finanças e tesouraria municipal pública, casa para magistrados, mercado municipal, estádio e pavilhão gimnodesportivo, instalações para a GNR e PSP, etc.), são numerosas as solicitações de mercados rurais; de estações dos CTT ou simples cabinas públicas de telefones; de sedes de juntas de freguesia, Casas do Povo, postos de saúde, com pessoal responsável e habilitado a dirigir e a atender; de jardins-de-infancia e infantários; de instalação ou ampliação de cemitérios; de conservação de monumentos nacionais ou recuperação de outros a merecê-lo, enquadrando-os paisagistícamente para melhor os valorizar; de beneficiação de largos, etc.

Foram assim centenas as aspirações que passaram ao papel neste levantar de questões e pronunciação geral, mas, na impossibilidade de a todos atender e satisfazer, bem importaria quantificá-las em seu custo e seriá-las em termos de mais instantes necessidades e projecção económico-social.

Estudo que terá de considerar em devido tempo a realização de projectos, orçamentar o seu custo e o de implantação, considerar as entidades que os haverão de executar, prever fontes de financiamento, calcular disponibilidades próprias ou alheias, avaliar receitas que possam proporcionar - para além dos benefícios sociais - os meios de sustentação de um processo de melhoramentos que a mais lugares se possa estender, alargar.

Mas creio que matéria nada despicienda neste melhorar progressivo de civilização e de desenvolvimento económico e social será o de repensar estruturas resi-