Para finalizar esta já menos curta exposição vou muito sumariamente e mais uma vez congratular-me com decisões governamentais agora pela recente constituição da Sunexport - Sociedade de Comercialização de Produtos Agrícolas, S A R L, constituída recentemente para a comercialização - exportação de primores agrícolas.

Apresso-me a felicitar a entidade que promoveu e amparou tão útil empreendimento, demonstrando um espírito de iniciativa e de abertura a novas técnicas de actuação amplamente louvável Refiro-me à Junta Nacional das Frutas.

No entanto, o conhecimento dos participantes da novel sociedade. Junta Nacional das Frutas com 50%, grupo CUF com 40% e Banco da Agricultura com 10% e o facto de estar previsto para mais tarde a cedência por aquele organismo de coordenação económica da sua posição ou de parte dela a lavradores, desde já sugiro que a participação da lavoura seja limitada somente a associações agrícolas a fim de que tão útil iniciativa não passe a ser mais uma sociedade para viver à custa da lavoura, e não para a lavoura.

Ressalvado este ponto que para mim é muito relevante, mais uma vez felicito a Junta Nacional das Frutas e o seu presidente e como Deputado pelo Algarve, região eleita para a produção de primores, e que muito poderá beneficiar de tão útil empreendimento, daqui exorto os lavradores algarvios a se associarem urgentemente, a fim de entrarem colectivamente para o seio de uma sociedade que lhes poderá abrir a porta da exportação dos seus produtos horto-frutícolas e por ela o equilíbrio económico das suas atribuladas explorações agrícolas.

Tenho dito.

ultimamente um esforço de capitalização e investimento, que levou ao aparecimento de algumas unidades economicamente bem dimensionadas, capazes de competir em mercados alargados e de concorrência aguerrida.

Na agricultura - onde o produto bruto nos últimos anos tem crescido apenas à taxa de 1,03 %, enquanto que o produto não agrícola cresceu à taxa de 6,75 %, e o produto interno bruto à taxa de 5,48 % - uma situação extremamente difícil vai provocando, como meio de defesa, experiências de tipo comunitário ou cooperativo, no campo da produção, da transformação e da comercialização dos produtos, experiências que, vingando e tornando-se prática mais corrente, talvez venham a permitir que esta actividade ultrapasse a fronteira da subsistência e entre, em condições economicamente aceitáveis, em verdadeira economia de mercados.

As remessas dos emigrantes, se não apresentam no momento tendência para aumentar, também talvez não venham a diminuir.

Os benefícios da previdência social, não só os imediatos como os diferidos, as prestações pecuniárias e principalmente as prestações em espécie, estas últimas com taxas de crescimento da ordem dos 100% ao ano e, portanto, elementos fortemente redistribuidores do rendimento.

Um dinamismo especial da população, que vai, cada vez mais, aspirando a uma vida de qualidade melhor.

Tudo isto permitiu o avolumar desse processo de crescimento económico e de desenvolvimento social, ao qual há que criar condições de continuidade e de evolução coordenada e harmónica.

Elemento novo e impulsionador do movimento será necessariamente a entrada em funcionamento da Universidade do Minho recentemente criada.

Nela se hão-de formar naturalmente os quadros da região, aqueles que no futuro hão-de ter nas suas mãos os comandos da economia regional e, consequentemente, influir directa e incisivamente no bem-estar da comunidade.

Por esta última razão, em palavras simples, quereria aqui deixar bem vincada a esperança de que, naquela Universidade, o ensino intensivo da técnica, a especialização altamente qualificada dos técnicos, impostos pelo mundo tecnicizado em que vivemos, não afastem para plano secundário a formação humana, a formação integral e de sentido humanístico daqueles que dela hão-de sair.

Por outro lado, factor fundamental e determinante de todo o processo, será inevitavelmente a instalação do parque industrial no pólo de desenvolvimento Braga-Guimarães.

Está criado o quadro legal necessário à sua organização, à sua implantação e ao seu arranque, está constituída e já em actividade a entidade que o vai gerar, foram criados os incentivos fiscais e financeiros às unidades industriais que nele terão cabimento, resta escolher e delimitar a zona da sua localização, o que deve ser feito com todas as cautelas, atendendo e ponderando todos os factores físicos, humanos e até políticos que condicionam essa escolha, levar a cabo as necessárias diligências para a aquisição dos terrenos, para a construção das necessárias infra-estruturas materiais e do conveniente e indispensável equipamento social; resta também, definir quais as actividades que prioritariamente nele se poderão e deverão instalar, e tudo isto se espera seja feito, tanto quanto possível, em breve prazo.

A Comissão de Planeamento da Região do Norte publicou, há pouco, um estudo elaborado pelos técnicos do seu gabinete, estudo que deve merecer a maior atenção.

Quanto às finalidades do parque industrial, diz-se aí que dada a atracção exercida pelo principal centro polarizador da zona industrial norte, Porto e concelhos adjacentes, sobre a região em causa, determinada