Eu limitei-me, neste caso, a dizer o que pessoas conhecedoras da matéria - que não eu - me afirmaram na altura, e mesmo agora.

Muito obrigado pela sua intervenção, Sr. Deputado.

O orador não reviu a sua resposta.

Continuando esperou-se, e continua a esperar-se, como sucede quase sempre, que o tempo resolva o problema, e é tão simples dar uma resposta a uma pergunta como esta, tão humana e tão justa, que se não compreende que um Ministério, com as responsabilidades como aquelas que são cometidas ao da Educação Nacional, tenha protelado indefinidamente, com graves e irreparáveis prejuízos para a vida académica, social e psicológica dos jovens estudantes, a resolução de um assunto que os lançou na inactividade durante todo um ano lectivo, a contraírem hábitos nada recomendáveis à formação daqueles que serão os homens de amanhã, que serão as estruturas do País.

E assim se sancionam, conscientemente, actos reveladores de negligência e incompetência, com manifesto prejuízo para aqueles a quem confiamos, e confiaremos, a defesa da integridade da nossa Pátria e a quem o futuro de Portugal será entregue.

O País, tão necessitado de valores e de população culta e activa, tem de repudiar, com vigor e com energia, actos como aqueles que por amostragem relatei e como aqueles que se estão verificando a um ritmo que nos causam sérias apreensões e dos quais destacarei, a título exemplificativo, a feita de programação por parte dos serviços competentes do Ministério, de forma a evitar que os alunos fiquem sem professor longos períodos, programas ultrapassados que não satisfazem as exigências da vida moderna e do progresso tão necessário, direi mesmo indispensável, ao desenvolvimento sócio-económico do País, que o mesmo é dizer à melhoria do bem-estar do povo português.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - O Sr Ministro da Educação Nacional considera a educação um diálogo aberto ...

O Sr. Morais Barbosa: - Monólogo, monólogo . .

O Orador: -. . franco, sereno, sem medo e sem eufemismos e pede aos dirigentes do ensino que acatem com respeito a crítica frontal, honesta, séria, mesmo quando agride e vergasta.

Fazemos esta crítica frontal, séria e honesta, mas os factos demonstram não existe ainda o diálogo aberto, franco e sereno.

Termino lançando um apelo ao Sr. Monteiro da Educação Nacional, apelo com que, em relação à tragédia que tão duramente atingiu o círculo que aqui represento, terminava a reportagem sobre a mesma um importante diário do Porto.

... a vida tem de continuar! São ... alunos que estão em causa O seu futuro! Há que descobrir ou inventar soluções...

Vozes: - Muito bem!

O Sr. João Alves: - Sr Presidente: Andam as gentes e os responsáveis de Viseu alarmados com a notícia posta a correr de que a C. P se prepara para encerrar a exploração da única via ferroviária que agora serve aquela cidade - o ramal do Dão.

Sofre já a região as consequências danosas do encerramento da lanha do Vale do Vouga, para a qual ainda se não encontrou o sucedâneo adequado em transportes rodoviários e são contínuas as queixas das populações quanto à qualidade daqueles serviços.

Assim, o encerramento da única ferrovia que resta a servir Viseu traria para a região e sobretudo para aquela cidade efeitos desastrosos.

É Viseu, por direito próprio, a capital da Beira Alta e, sem dúvida, o principal centro comercial das Beiras.

Dominada, embora, pelos seus aros rurais, quer desenvolver-se, quer avançar na senda da industrialização, e é inegável o seu progresso nos últimos anos.

No «ordenamento do território» prevê-se ali um subpólo de desenvolvimento d a Região Centro.

Deste modo, logo se vê que a sua ligação por caminho de ferro se toma factor importante, se não decisivo, para atingir tais objectivos.

Daí o alarme, daí a preocupação em que, neste momento, vivem as gentes de Viseu.

Eu, por num, para além de igual preocupação, não poderia ainda deixar de lamentar o que tal decisão