tem em todo o ultramar provenientes do alargamento dos respectivos quadros.

Mas, apesar de todas estas facilidades e da melhor boa vontade do Ex.mo Director-Geral do Ensino Primário e dos funcionários superiores daquele departamento do Ministério do Ultramar, os quadros do professorado ultramarino mantêm-se desfalcados, prejudicando grandemente a eficiência do ensino.

Para obviar a tais inconvenientes, encontram-se em pleno funcionamento as escolas do magistério primário de Angola e de Moçambique e todos os distritos das mesmas províncias, e as províncias de governo simples passarão a ter muito em breve, pelo menos, uma escola de formação de professores de posto escolar, nova classe de agentes de ensino que, com alguns anos de serviço e boas informações, poderão prosseguir a sua formação nas escolas do magistério primário.

Com estes novos agentes de ensino, enquadrados por inspectores e subinspectores, em número de vinte nas províncias de Governo-Geral e de dois nas de governo simples, pensa-se estabelecer a total ocupação das zonas rurais mais recônditas do nosso ultramar e estou certo de que estes jovens e entusiastas professores de posto escolar constituirão a guarda avançada nesta campanha de paz e alfabetização que estamos travando simultaneamente com esta guerra sem quartel que os bandoleiros nos movem do exterior.

E mau grado os nossos inimigos, continuaremos abrindo novas escolas oficiais e missionárias, intensificaremos a formação de professores locais, ao mesmo tempo que facilitaremos o recrutamento de elementos novos na metrópole, concederemos mais bolsas de estudo para o magistério primário, abriremos lares para rapazes e raparigas, para que, num trabalho de conjunto levado a cabo por portugueses de todas as etnias, possamos acelerar o passo nesta marcha em que estamos empenhados para a difusão da língua e cultura portuguesas e elevação sócio-económica das massas nativas do nosso ultramar.

Esclarecidos os pontos fundamentais que me levaram a tomar parte neste debate, só me resta dar a minha aprovação na generalidade ao projecto de lei em discussão, com votos sinceros para que na sua aplicação prática se encontre o mesmo entusiasmo que nos animou na sua apreciação.

Tenho dito.

Vozes: -Muito bem, muito bem! O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Presidente: -- Vou encerrar a sessão. Amanhã haverá sessão à hora regimental sobre a mesma ordem do dia. Quero dizer: sobre a generalidade do projecto de lei em discussão, e, se houver tempo, entraremos ainda na especialidade. Está encerrada a sessão.

Eram 18 horas e 45 minutos.

Sr s. Deputados que entraram durante a sessão:

António Augusto Ferreira da Cruz.

António Calheiros Lopes.

António Júlio de Castro Fernandes.

António Magro Borges de Araújo.

António Manuel Gonçalves Rapazote.

Armando Cândido de Medeiros.

Armando José Perdigão.

Artur Alves Moreira.

Augusto Duarte Henriques Simões.

Carlos Monteiro do Amaral Neto.

Duarte Pinto de Carvalho Freitas do Amaral

Francisco José Roseta Fino.

Joaquim José Nunes de Oliveira.

José Alberto de Carvalho.

José Coelho Jordão.

José Dias de Araújo Correia.

José Fernando Nunes Barata.

Luís Folhadela Carneiro de Oliveira.

Manuel Colares Pereira.

Manuel Henriques Nazaré.

Manuel João Correia.

Manuel Nunes Fernandes.

Manuel de Sousa Rosal Júnior.

Mário Amaro Salgueiro dos Santos Galo.

Rogério Noel Peres Claro.

Rui Pontífice de Sousa.

Simeão Pinto de Mesquita de Carvalho Magalhães

Srs. Deputados que faltaram à sessão:

André da Silva Campos Neves.

Augusto César Cerqueira Gomes.

Joaquim de Jesus Santos.

José Guilherme Rato de Melo c Castro.

José Pais Ribeiro

José Pinheiro da Silva.

Manuel Amorim de Sousa Meneses.

Manuel José de Almeida Braamcamp Sobral.

Manuel Lopes de Almeida.

Rafael Valadão dos Santos.