portações de bens e serviços provenientes do exterior varam-se acentuadamente em 1964.

De acordo com estimativas provisórias, deve manter em 1965 a favorável evolução da produção nas indústrias transformadoras e nos serviços, em especial os ligados ao

Quadro I

(em milhões de contos a preços de 1958) A ajuizar pelas estimativas do Instituto Nacional de Estatística, o consumo privado, que teria acusado elevado acréscimo em 1963, depois de ligeira contracção ano anterior, deve ter exercido em 1964 efeito expansionista mais moderado. Assim, o principal factor de dinamização da procura no último ano teria sido a pró externa de bens e serviços.

For sua vez, a formação de capital fixo global manteve-se estacionária, não obstante a crescente participação sector público, que se fixou em 18 por cento do total.

Depois de ligeira redução em 1963, as despesas correntes do sector público em bens e serviços tiveram no último ano ligeiro acréscimo.

Para o ano em curso não se dispõe ainda de estimativas completas da contabilidade nacional, mas admite-se o aumento do consumo privado e das exportações de l i is e serviços continue a desempenhar papel relevante a factor dinamizador da produção. Com o inicio da execução do Plano Intercalar de Fomento, a formação de capital fixo deverá ter igualmente evolução favorável. Todavia dadas as dificuldades de satisfazer o acréscimo da procura interna com os recursos nacionais, prevê-se que a tendência de expansão das importações de bens e viços.

Agricultara, silvicultura e pesca O produto formado em 1964 no sector agrícola silvicultura e pesca teria registado contracção de 2,7 cento, que se deve atribuir exclusivamente à evolução da produção agro-pecuária, afectada, em especial, como no ano anterior, por desfavoráveis condições atmosféricas. Em contrapartida, observou-se melhoria no valor acrescentado proveniente da silvicultura e sobretudo da pesca, que compensou em parte aquela quebra.

Paralelamente, a contribuição total deste sector para a formação do produto interno voltou a diminuir no último ano.

28. A avaliar pelos elementos provisórios de que se dispõe, a actividade agrícola deve oferecer no ano em curso comportamento mais favorável.

Com efeito, não obstante os fracos níveis de pluviosidade que têm sido registados na maior parte do território do continente e que prejudicaram algumas culturas hortícolas e de leguminosas, a colheita cerealífera, de importância preponderante no conjunto da produção agrícola, deve exceder consideràvelmente a de 1964, que foi das mais reduzidas do último decénio.

Assim, no que se refere ao trigo, estima-se que a produção ultrapasse largamente a do ano anterior e em proporções apreciáveis a média do último decénio.

De igual modo, as colheitas de centeio, cevada e aveia devem ser mais elevadas, enquanto que para a cultura do arroz, afectada por condições climáticas adversas, a estimativa é de volume inferior.

Relativamente à produção de fava, grão-de-bico, milho de sequeiro e batata de sequeiro, a evolução teria sido desfavorável, quer em quantidade, quer em qualidade, em