A actividade agrícola da província teria evoluído favoravelmente no decurso de 1965, em especial no que se refere à produção de café e bananas. For sua vez, a colheita de amendoim e de purgueira deve ter sido inferior à do ano precedente.

Com vista a diversificar a produção agrícola, tem continuado a estimular-se a cultura da banana, que constituiu em 1964 o principal produto de exportação do arquipélago. Por outro lado, os aproveitamentos hidroagrícolas já realizados devem permitir em futuro próximo a intensificação da cultura de outras frutas tropicais, hortaliças e café.

As indústrias extractivas sofreram nos primeiros meses do corrente ano acentuada quebra de actividade, como se depreende do reduzido volume da produção de sal e pozolanas.

As actividades piscatórias e, paralelamente, a indústria de conservação do peixe pelo {rio e por esterilização teriam revelado apreciável expansão no decurso da primeira parte do ano, sendo de prever que o valor da respectiva produção se eleve para cerca do dobro do registado em 1964.

Os investimentos programados para 1965, no Plano Intercalar de Fomento para esta província, elevam-se a 163 500 contos, cabendo cerca de 67 por cento deste montante a recursos a despender pela Administração Central. Os financiamentos de maior volume destinam-se à execução de empreendimentos no sector dos transportes e comunicações (71 000 contos).

No sector da pesca, que item vindo a concorrer recentemente de modo notável para o progresso da economia da província, os investimentos previstos, estimados em 64 000 contos, devem ser em grande parte financiados por capitais estrangeiros. Em 1964 a produção agrícola da Guiné teria sofrido contracção, que deve atribuir-se, em especial, à colheita de arroz e de amendoim. Com efeito, as exportações de amendoim para a metrópole diminuíram de 5 por cento, em relação ao ano anterior. Por outro lado, em face da quebra de produção verificada, tornou-se necessário importar 40001 de arroz para satisfazer as necessidades de abastecimento da população.

Não se dispõe ainda de indicadores que permitam ajuizar da evolução da actividade económica desta província no corrente ano. Importa porém assinalar que tem continuado a actuar-se no sentido de melhorar o rendimento das culturas tradicionais e diversificar a produção agrícola.

Além de obras de irrigação, de drenagem e de defesa contra a salmização das águas, tem sido estimulada a intensificação da cultura da bananeira e do cajueiro, devendo igualmente referir-se a acção desenvolvida com vista à substituição e melhoria de plantas.

No período de exec ução do Plano Intercalar de Fomento prevê-se despender 24 000 contos com o fomento dos recursos agro-pecuários e silvícolas da província, de que 5000 contos correspondem ao programa relativo a 1965. Entre os restantes empreendimentos a realizar no corrente ano, devem destacar-se os englobados no sector dos «Transportes e comunicações», que totalizam 17 500 contos. Este montante representa 50 por cento do valor global dos recursos financeiros a despender em 1965 com a execução do Plano na Guiné, os quais seroo facultados na sua totalidade pela Administração Central. Tomé e Príncipe Em consequência de condições atmosféricas adversas, a produção agrícola de S. Tomé e Príncipe teria registado em 1964 volume inferior ao do ano precedente. Por outro lado, as baixas cotações no mercado internacional do cacau, cuja cultura constitui a actividade dominante do arquipélago, têm vindo igualmente a afectar de modo sensível a sua economia.

Contudo, tem sido empreendida acção notável com vista a diversificar a gama da produção agrícola, através do desenvolvimento da cultura de diversas frutas tropicais, designadamente da banana e do ananás. Com este objectivo foi criada em Novembro de 1964 uma brigada de fomento agro-pecuário, que actuará enquanto não forem instituídos os serviços de agricultura e veterinária previstos no estatuto desta província.

Pelo Decreto-Lei n.º 46 358, de 28 de Maio último, foi criada a Caixa de Crédito de S. Tomé e Príncipe, instituição do Estado destinada a conceder assistência financeira à produção agrícola e ao melhor aproveitamento dos produtos da província.

No programa de execução para 1965 do Plano Intercalar de Fomento prevê-se que venham a ser despendidos em investimentos na província cerca de 36 000 contos. Este. montante, que será financiado exclusivamente pela Administração Central, destina-se em grande parte & realização de empreendimentos no sector dos «Transportes e comunicações», da «Energia» e da «Agricultura, silvicultura e pecuária». A avaliar pela evolução recente do comércio externo, a cadência a que tem vindo a processar-se a expansão da actividade industrial de Macau não teria acusado alteração de relevo no ano corrente, embora a indústria têxtil, estimulada pela procura externa, tenha continuado a revelar comportamento favorável.

No período de Janeiro a Maio de 1965 as exportações de têxteis ultrapassaram em 20 por cento as de igual período do ano anterior, mas as de produtos da actividade piscatória e de diversos produtos químicos diminuíram, pelo que o valor global exportado acusou contracção de 9 por cento. Deste modo, e em conjugação com o decréscimo de 2 por cento nas importações, o tradicional saldo negativo da balança comercial sofreu agravamento.

No período considerado continuou a observar-se tendência para aumento da exportação para as restantes províncias ultramarinas e para os Estados Unidos e o Canadá. Relativamente às mercadorias importadas pela província, o seu fornecimen to coube, na quase totalidade, a Hong-Kong e à China continental.

Os investimentos programados para Macau em 1965, no quadro do Plano Intercalar de Fomento, elevam-se a 356 800 contos, correspondendo cerca de metade deste montante a empreendimentos a realizar por particulares no sector do turismo, que constitui uma das principais actividades da província. Prevêem-se ainda avultados financiamentos para a modernização do porto (89 000 contos) e para a construção de habitações e melhoramentos locais (57 000 contos). Não se dispõe de elementos de informação sobre a evolução recente da actividade económica de Timor.

Importa, contudo, assinalar os estudos que têm vindo a ser efectuados pelas brigadas técnicas da província, com