do pela Escola de Mecanicos da Armada, cujos artífices tém tradicional reputarão, e pela Escola Prática do Serviço de Material do Exército e pela já citada Escola Militar, de Electromecânica.

Nesta época de rádios, televisões, condicionadores de frio e quente, de mecanografia, de tecnicismo, enfim, o treino, por vezes avançadíssimo, que os militares recebem nas fileiras pode ser-lhes extremamente útil no seu regresso à vida civil: útil a cada um e ao País.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Nem tudo é mau na guerra que enfrentamos. Temos que tirar o melhor partido, rendimento das circunstâncias para que os encargos sejam mais facilmente suportados. Aplaudi a admirável proposta feita há pouco tempo nesta- Assembleia para que seja criado um distintivo destinado aos militares que tenham prestado serviço no ultramar. Choca-me profundamente, por outro lado, ler os anúncios que os jornais publicam pedindo emprego para desmobilizador.

Vozes: - Muito bem!

Formação de técnicos nas forcas armadas: é problema que se não debate nuns minutos breves, mas cuja importância de ordem nacional, tão crítica na conjuntura presente, eu quero vivamente salientar. Que o problema é delicado, eu sei, nas suas incidências civis e militares. A boa vontade e o interesse recíprocos resolvê-lo-ão, eu não duvido.

Fora das horas de serviço, em períodos de guarnição, a frequência de nulas serviria para ocupar homens afastados da família ou do seu meio próprio: seria uma ocupação sadia. para. além da sua utilidade indiscutível. Para a prestação de -provas poderia adoptar-se um critério flexível, tal como o tão inteligentemente seguido pelo Ministério da Educação Nacional para com os universitários nas fileiras.

Nesta época tão difícil para II Nação todos temos de ceder um pouco das nossas preferências, do que julgamos real e honestamente ser melhor, em favor do objectivo comum: quando as forças são todas paralelas, elas sem desperdícios se adicionam. A formação de técnicos pelas forcas armadas merece bem a aplicação deste conceito e eu tenho a certeza de que a terá: a larga visão e o patriotismo dos nossos dirigentes é para mim bastante garantia.

Vozes: - Muito bem, muito bem! O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Pinto de Mesquita: - Sr. Presidente: No processo panorâmico que nos vem oferecendo a lavoura nacional "em tudo. creio, se apresenta hoje sob o cariz pessimista da "noite caliginosa", que. tem dado. lugar, por todo o País-, a tua justificada sequência de queixosos desabafas. Queixas que. sem discrepância, se têm repercutido frequentes e clamorosas, como é natural, nesta Assembleia, de dominante índole político-representativa. Não ousamos concluir aludindo a conceito outrora tão conflituoso como ele. ou seja que um raio de luz atravesse já essa noite cerrada. No entanto, lampejos esperançosos começam a destacar-se, marcando na cerração envolvente tentos orientadores de directrizes válidas.

Observam-se em dois sectores em convergência feliz: a descendente, constituída por medidas partindo da esfera governativa-, e a ascendente, oriunda das iniciativas privadas, aproveitando os trilhos da organização corporativa e meios de crédito previstos, alguns. nas ditas medidas.

Sr. Presidente: Não constituirão as medidas governativas objecto da minha intervenção de hoje.

No entanto, não posso deixar de louvar, por mais próximas, as dimanadas do (Ministério da Economia; sejam particularmente os diplomas e despachos concernentes No fomento pecuário, aos regimes cerealífero e oleícola e o último, de 7 do corrente, respeitante ao vinho e à intervenção da respectiva Junta. Nacional. Neste se equaciona o problema da nossa vitivinicultura em termos de a restituir à, sua valorização, fundamental. Terá esta sempre que assentar sobremaneira na hierarquia tipificada das nossas massas vínicas. Os funestos resultados de orientação diversa, sob os pretextos do barateamento e até de se acudir à nocuidade do fenómeno da erosão, bem amargados têm sido pelo País, e é ainda precisamente a eles que o citado diploma se propõe aplicar paliativos.

Isto. pudibundo, reserva-o decerto o despacho, mas de todos é sabido!

E passemos agora ao que nos determinou a esta intervenção: seja o encarar-se o .sector das iniciativas privadas através dos meios corporativos, que para tal nos chamou a atenção a- reunião de milhares de lavradores realizada em :Mirandela, no complexo agro-industrial do Cachão em 13 do corrente, segundo o curto relato da imprensa do dia- seguinte.

Começa a ser do domínio corrente o conhecimento dos esforços feitos pela lavoura através dos seus organismos corporativos ou associativos no sentido de criar uma consciência da solidariedade dos respectivos interesses e sua efectivação, preâmbulo indispensável de correspondente valorização como força económica.

Realizações pecuárias e de lacticínios têm vindo despontando prometedoras de cooperativas em conjunção com os grémios da lavoura e suas federações. Igualmente problemas de produção de vinhos e sua comercialização com melhoria dos produtos se começam a delinear através de adegas cooperativas, revelando já em escassos anos operosos resultados.

A notícia, porém, do que acaba de ser posto em foco no Nordeste Transmontano e ,Alto Douro merece momentos de atenta reflexão.

E para demais .não demorar começaremos por ler a "notícia do feito tal como consta do jornal O Século de 44 do corrente. Dali consta que a reunião teve por finalidade homenagear o presidente da Corporação da Lavoura, meu velho amigo D. {Manuel de Almeida e Vasconcelos, já filho do saudoso amigo meu D. Manuel Eeriz. ilustre oficial, que foi, de engenharia e sobrinho do grande "matemático José Bruno de Cabedo.

E passo a transcrever a passagem essencial que aqui nos interessa:

A homenagem decorreu no lugar do Cachão, no concelho de Mirandela, localizado na confluência