de serem licenciados; segundo, a prestação do tempo de serviço militar obrigatória dos pilotos brevetados pela Escola Nacional de Aviação Civil ou equivalente em unidades de transporte da Força Aérea.

Governar é fixar objectivos, coordenar recursos, paralelizar esforços, polarizá-los.

Defesa, economia, transportes: facetas da vida nacional que se interpenetram reflexivamente, mas com um factor comum - o homem.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

Porém, se dermos um sério balanço às publicações vindas a lume nos últimos 40 anos, teremos de concluir que se disse quanto deveras importava acerca do essencial, sem deixar, ao mesmo tempo, de pôr em prática os valores do sistema, até mesmo em face dos mais graves e imprevistos acontecimentos que por mais de uma vez os submeteram a rude prova.

Assim, não é correcto afirmar-se que no terreno doutrinário a lavra vá atrasada.

Outra questão é a de saber se temos dito o fundamental quando e onde convém; se possuímos a técnica de dizer e de voltar a dizer apropriadamente as vezes necessárias; se nos temos dado ao trabalho de rever e ajustar com oportunidade e eficiência os pontos que reclamam indispensável adaptação; se rejeitamos a indiferença como vício; se não encolhemos os ombros por comodismo ou temor; se não sacrificamos o geral ao pessoal; se não perturbamos o nosso juízo por vaidade ou ambição; se estamos ao lado dos companheiros de ideal para lhes darmos solidariedade e ajuda; se fomos e continuamos a ser prudentes na generosidade e eficazes na réplica; se não perdemos o gosto e a consciência de acção.

Estou a exprimir-me neste tom e a lembrar-me de que talvez, e em relação a certos movimentos do exterior e aos seus reflexos na vida interna, poucas ou raras vezes tivéssemos vivido, como povo independente e obreiro do seu destino, uma época tão cheia de ofensas e agressões; de falsas amizades e ardis; de cedências irremediáveis e tolerâncias calamitosas.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Assustam o Mundo com o panorama das bombas atómicas e termonucleares e, com o Mundo perplexo e amedrontado, pretendem assenhorear-se dele em nome de um "humanismo ateu", que é a negação do verdadeiro humanismo.

mistificado" e com outros expedientes de pensamento e de fraseologia susceptíveis de serem reeditados com diferentes expressões mais ou menos sugestivas.

O Sr. Virgílio Cruz: - Muito bem!

O Orador: - Isto é, apertam ameaçadoramente o Mundo entre duas cores e depois procuram convencer o Mundo de que o melhor é ser vermelho.

Mas, que fazemos nós?

Apercebemo-nos todos da extrema gravidade da hora presente?

Se estamos cientes do perigo que nos rodeia, agimos sem descanso e constituímos uma força sem brechas?

Quando logramos derrotar o inimigo e dispersá-lo, continuamos a seguir-lhe os passos?

Não haverá outros redutos onde ele se reagrupe?

Temos reparado a tempo na infiltração subversiva através da entrada de livros enviados do estrangeiro?

Quantas pontas de lança das ideias comunistas, afins ou "convergentes" saem de algumas editoriais do nosso próprio país e ferem o corpo da Nação, enfranquecendo-o dia a dia para as lutas viris e heróicas da consciência e do ímpeto patrióticos?

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Qual o número das publicações que, não tratando propriamente de política, tendem para a má política, delindo esforços, desmoralizando vontades, espalhando dúvidas?

Recordo a sentença pronunciada por De Bonald:

O maior crime que se pode cometer é a composição de um mau livro, pois que se não pode cessar de o cometer.

Vamos deixar que se avolume a soma de tais crimes de efeito continuado?

Sei que de certo modo se tem procurado evitar este mal, mas quando ele é assim - mal de permanência no mal - requerem-se medidas estremes.

E a escola: indiferente, inimiga ou colaborante?

Correremos de facto o risco de conceder demasiadamente à economia e à técnica em detrimento do espírito?