em 1934. Ali, em Santa Comba de Seia, haveria de adquirir os primeiros palmos de terra obtidos com os proventos do meu trabalho. Aqui, em Lisboa, frequentaram minhas filhas o liceu, realizando em Coimbra a sua formatura universitária.

Hão-de VV. Ex.ªs relevar-me de alongar ainda um pouco mais estes dados biográficos, o que adiante se justificará - assim o espero. Regressado a Angola, ali realizei desde então a minha vida de trabalho e estudo no jornalismo. De simples colaborador, correspondente, noticiarista, cronista, passei, naturalmente à custa do esforço e conduta que se podem imaginar, a redactor efectivo, a chefe de redacção,_a administrador, a director e a co-proprietário do mais antigo jornal de Angola - o Jornal de Benguela.

Tal foi a carreira que pude realizar, acrescida em 1963 pelo convite do Governo para fazer parte da Missão Portuguesa à O. N. U., onde servi no Outono desse ano e tive a honra de ser integrado pelo nosso ilustre Ministro dos Negócios Estrangeiros, Dr. Franco Nogueira, no grupo de delegados que tomaram parte nas conversações luso-africanas que então se efectuaram sob a égide da O. N. U.; carreira culminada em Outubro último pelo convite para aceitar a candidatura a Deputado, facto que me. proporcionou a honra de me encontrar entre vós nesta Assembleia.

Sr. Presidente e Srs. Deputados: Espero que me façam a justiça de crer que foi por motivo bem mais alto do que simples pruridos pessoais que citei aqui alguns factos da minha vida pública e privada. É que ela, como a de outros meus conterrâneos, revela - assim o disse aos meus eleitores e aqui o repito - que, integrado desde a primeira hora e por direito próprio na nossa admirável comunidade multirracial e pluricontinental, como outra seguramente não há no Mundo (excepção feita do Brasil, com a sua alma portuguesa), por graça de Deus nunca encontrei, nem no ultramar, nem na metrópole, empecilhos ou dificuldades que o trabalho perseverante e honesto, o amor ao estudo e a força de vontade não superassem para aplanar o meu caminho e realizar a pequena obra que pude erguer, obra que sempre esteve ao serviço da portugalidade em Angola e quero que sempre esteja ao serviço da Nação.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

Vozes: - Muito bem, muito bem!

Vozes: - Muito bem, muito bem!

Alentejo, os aeroportos e a ponte sobre o Tejo - verdadeiro ex-líbris da Revolução Nacional -, não deixarei no entanto de mencionar o grande passo da criação do ensino universitário em Angola e Moçambique.

Sr. Presidente e Srs. Deputados: Citando breves passos da obra do Regime, isto é, dos homens que nobremente souberam ou puderam servi-lo, servindo a Nação, ninguém crerá decerto que julgo tudo feito, e bem feito, e não haja, ao contrário, imenso a fazer. Há sempre muito a fazer, evidentemente, sérios atrasos a vencer, injustiças e erros a corrigir, novos progressos a alcançar, impostos até pelos que se atingiram já. É o que é natural, sem o que bem fraca seria de ora avante a tarefa do Governo - quando afinal é cada vez mais complexa e exaustiva - e a acção que a esta Assembleia cabe desempenhar.

Até nos meus canhenhos de simples estreante na vida parlamentar estão inscritos - a requerer elementos de informação e estudo que estou pacientemente coligindo - alguns problemas que se me afiguram valiosos para as