Considera-se apenas a verba principal nos valores liquidados das duas contribuições. As taxas são, para o conjunto, de -11,7 na predial urbana e de 8,4 na predial rústica.

Os valores dos rendimentos colectáveis subiram muito na predial urbana e moderadamente na rústica.

Repartição da contribuição predial Já rapidamente se aludiu à repartição da contribuição e dos rendimentos colectáveis.

Na contribuição predial urbana sobressaem os distritos de Lisboa e Porto, com mais de metade.

Houve algumas melhorias na predial urbana nos diversos distritos, mas os valores continuam baixos. A seguir a Lisboa e Porto vem Setúbal, mas apenas com 24 334 contos. E Coimbra liquidou apenas 15 461 contos de contribuição predial urbana. Com valores superiores a 10 000 contos há apenas dez distritos, incluindo os de Lisboa e Porto.

No caso da predial rústica, as cifras são bem mais modestas. No entanto, houve alguns progressos em relação a 1963. Por ordem, os distritos com maiores valores são os de Santarém, Évora, Portalegre, Lisboa e Viseu, com mais de 12 000 contos. Não se compreende bem o distrito de Setúbal, com apenas 6492 contos. Nas ilhas adjacentes as importâncias são muito mais baixas.

Relação entre os rendimentos colectáveis e a contribuição predial A estrutura demográfica do País é defeituosa.

E esse é um dos males da economia nacional.

Por um lado, uma população activa empregada na agricultura, com insuficiência de rendimentos, da ordem dos 40 por cento. Por outro, cidades capitais de distrito de baixa população. Os pólos de atracção das populações rurais continuam a ser Lisboa e, em muito menor escala, o Porto.

Poucas cidades, além destas duas, têm mais de 20000 habitantes, mas nunca vão além de 50 000. O resto é constituído por pequenos aglomerados humanos, com desenvolvimento económico parcimonioso.

Estes pareceres vêm insistindo há muitos anos por uma descentralização de serviços e indústrias, de modo a valorizar os aglomerados- provinciais. Mas parece que só há poucos anos se acordou neste aspecto fundamental da vida económica, depois de se ter manifestado mais intensamente o êxodo das populações rurais para a capital e a emigração para. países relativamente próximos de elevados salários.