Em relação a 1963 há nítida melhoria em alguns comércios e indústrias, em especial nos comércios e indústrias relacionados com a alimentação. Os casos das bebidas e das mercearias merecem destaque. Mas houve quebras, que não se compreendem bem sem melhor documentação, no algodão, nos óleos, gasolinas, etc., nos automóveis; nos banqueiros, nos navios de longo curso, nos adubos para agricultura, nos produtos químicos, na viação e em outras.

O sistema de tributação é diferente. Talvez que um primeiro ano não possa dar ideia da eficácia do regime tributário.

Matéria tributária A matéria colectável (contribuintes sujeitos a tributação conforme a liquidação definitiva) arredondou-se em 7 538 512 contos, repartida como segue:

Não há possibilidade de comparação com. anos anteriores. O número de contribuintes foi de 302 776. Além destes, houve 43 876 a que não foi apurado lucro, sendo 364 no grupo A, 3659 no grupo B e 39 853 no grupo C. Computando em 9 979 329 contos o total da liquidação, incluídos os principais impostos e rendimentos aduaneiros, pode calcular-se a percentagem que cabe à contribuição industrial:

Vê-se que a influência da contribuição industrial (liquidações) no total dos principais impostos tem diminuído. As cifras dão uma aproximação. Distribuindo a verba principal e adicionais por distritos, na liquidação da contribuição industrial, encontram-se os valores que seguem.

O quadro mostra as zonas de mais intensa actividade comercial e industrial. Lisboa, com 605 328 contos, e o Porto, com 272 680 contos, ultrapassam todos os outros distritos. Apenas Aveiro e Setúbal aparecem com mais de 50 000 contos. Bragança, Guarda e Vila Real, com menos de 10 000 contos, mostram atrasos, principalmente o primeiro distrito.

No que respeita à capitação, há meia dúzia de distritos com menos de 35$ - Bragança, Guarda, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu e Beja.

A capitação pôr contribuinte também marca a pobreza desses distritos - menos de 1000$ em Bragança e Viana do Castelo, e pouco mais em Beja, Guarda, Vila Real e Viseu. Extraindo-se alguns valores do quadro e calculando as percentagens:, têm-se os números seguintes:

Nota-se a predominância de Lisboa e Porto em relação ao resto do País. A percentagem do distrito de Lisboa diminuiu muito de 1963 para 1964.