A diferença para menos no produto da venda de títulos elevou-se a 50 591 contos. Esta importância justifica a descida de 47 202 contos. Em todas as outras receitas se deram pequenos aumentos. Este ano quase todos os organismos do Estado normalmente inscritos neste capítulo melhoraram a sua receita, em especial o porto de Lisboa e os aeroportos. O resultado final, nas empresas do Estado, materializou-se num aumento de 46 010 cantos.

Uma grande percentagem deste aumento foi originado nas explorações portuárias, que têm contrapartida na despesa.

A seguir inscrevem-se as receitas e despesas ordinárias e despesas extraordinárias das diversas explorações:

Como se nota, as despesas extraordinárias continuam a ser volumosas. Ver-se-á na análise dos diversos organismos qual a sua origem.

Explorações do Estado A maior parte dos organismos acima mencionados são deficitários. Necessitam da ajuda do Tesouro, que a presta sob a forma de empréstimos ou de outro modo.

A seguir indicam-se as receitas e despesas ordinárias:

(a) Não inclui a importância de 5923 contos provenientes do «Reembolso do custo de metais para amoedar»

Há deficits nos aeroportos de Santa Maria, Madeiras e Sal. O verificado na Casa da Moeda é necessário pelos lucros de moedação e receitas provenientes de reembolsos diversos.

A Imprensas Nacional apresenta um saldo razoável e os serviços florestais voltaram a ter deficit devido a menores receitas.

Participação de lucros Nesta subdivisão do capítulo há a destacar o acréscimo de 33 771 contos nas lotarias e o de 7538 contos na Caixa Geral de Depósitos, que entregou ao Estado 72 598 contos de comparticipação nos seus lucros.

Mas estas maiores valias em relação a 1963 não foram suficientes para apagar a grande baixa de 49 014 contos verificada em «Diversos».

A diminuição proveio totalmente de o caminho de ferro da Beira não ter feito qualquer entrega este ano. Em 1963 a receita proveniente deste caminho de ferro elevara-se a 50 000 contos.

Basta esta cifra para justificar a diminuição de 49 014 contos. Quebrou-se o ritmo de aumento de receita deste capítulo, que atingira 191 447 contos em 1963.

A diminuição arredondou-se em 28 301 contos, como se deduz dos números que seguem:

O exame da Conta Geral mostra que a receita deste capítulo se origina em duas grandes rubricas - a de dividendos e a de juros:

(a) Estas rubricas foram englobadas em «Juros de obrigações» (circular n.º 447, série A).

(b) Nesta importância estão incluídas as restantes, exceptuando-se a de «Dividendos de acções de bancos e companhias».

Nos dividendos houve uma baixa da ordem dos 4285 contos para 81635 contos.