Supondo que as despesas dos serviços centrais se distribuíram uniformemente por todos os distritos, o mapa revela que cinco distritos, Lisboa, Porto, Beja, Évora e Aveiro, utilizaram 38,2 por cento do total gasto, sendo cerca de 20 por cento nos de Lisboa e Porto.

Lisboa e Porto foram altamente favorecidos, com um total de 870 000 contos, os distritos do Alentejo, Évora, Beja e Portalegre (199 250 contos), com o de Aveiro estão na casa dos 200 000 contos, ou próximo. Os distritos do interior, Braga, Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Castelo Branco e Coimbra, têm cifras baixas, apesar de serem atravessados por vias internacionais. Talvez por serem montanhosos ou por outras razões. O problema agrava-se no caso das despesas com pontes. Neste caso a preponderância dos distritos de Lisboa e Porto é muito maior (não se inclui a ponte sobre o Tejo em Lisboa). São ao todo nos dois distritos 357 948 contos, num total de 727 250 contos, ou 49,2 por cento, praticamente metade.

Vê-se a influência das pontes da Arrábida e Vila Franca de Xira.

A seguir dá-se a distribuição da verba das pontes nos dezanove anos que decorreram de 1946 a 1964: O inquérito que acaba de fazer-se à distribuição de verbas não toma o aspecto de crítica no sentido de serem necessárias as estradas e pontes nos distritos mais contemplados neste longo período. Provavelmente havia necessidade delas, embora se possam opor reservas ao esquema da ponte de Vila Franca de Xira e ponte de Lisboa, que com uma grande economia e melhores efeitos sociais e económicos talvez pudessem ser substituídas por uma única, como, aliás, se planeara anteriormente. Mas não há mais remédio agora.

Deseja-se vincar que, sendo pequenos os recursos, obras de consumo financeiro volumoso (casos da ponte da Arrábida, da ponte e estrada de Vila Franca de Xira), deveriam ser financiados por verbas especiais, como veio mais tarde a acontecer à ponte sobre o Tejo em Lisboa; de contrário nunca mais se completará o plano rodoviário, já insuficiente num país que pretende acelerar o crescimento e que tem absoluta necessidade, até por motivos de ordem política, de fazer crescer rapidamente o produto nacional e acabar com a nódoa da balança comercial.

Natureza dos pavimentos Durante o ano de 1964, segundo os números fornecidos pelos serviços, a rede de estradas nacionais apenas aumentou 5 km.

A seguir indicam-se as cifras, contendo os quilómetros por tipos de pavimento.

Os números para 1964 são os que se indicam a seguir.