Contos
Agricultura, silvicultura e pecuária:
Povoamento florestal . . . 111 961
Repovoamento de terrenos.. 18 733
Defesa sanitária . . . . . 26 900
Melhoramentos agrícolas 16 970
Melhoramento pecuário... 7 930 233 821
Indústrias extractivas e transformadoras 12 399
Fomento agrícola ... 6 182
Fomento florestal ... 2 245
Fomento pecuário ... 1 215
As despesas extraordinárias no sector agrícola têm aumentado muito nos últimos anos. Presume-se que os resultados do grande esforço realizado deveriam ter compensação adequada nos rendimentos agrícolas, embora os resultados no produto nacional os não manifestem.
Designação
Contos
Percentagens
Comércio
Total
Incluindo as despesas extraordinárias e considerando na Secretaria de Estado do Comércio o Fundo de Exportação, a percentagem com que participa a Agricultura no total eleva-se a 66,8 por cento, mais de dois terços.
Esta comparticipação do sector agrícola na despesa total do Ministério destoa da ideia do abandono da agricultura pelo Estado, pelo menos no que respeita a verbas orçamentais. Elas reportam, no Ministério da Economia, dois terços do total, ou 451 458 contos. Não serão elas utilizadas no sentido de boa rentabilidade.
No caso de ser adicionada a despesa da hidráulica agrícola, a comparticipação aumentaria para mais de 75 por cento.
Corresponderão os resultados obtidos a este esforço?
Serão as verbas aplicadas convenientemente? Obterá o sector agrícola da actividade nacional benefícios na sua produtividade correspondentes às verbas, gastas?
Fundo competem 77 860 contos.
O problema às exportação é um dos mas delicados da vida nacional, quer no que respeita aos produtos agrícolas, quer industrial, mas em especial nos primeiros.
Não se compreende por exemplo o caso do vinho, que está a atingir uma acuidade que bem pode levar a prejuízos muito sérios. Com colheitas abundantes e exportação inadequada não há possibilidades de o resolver.
Problemas da exportação
Parece não haver razões que impeçam maiores exportações nacionais. Não é sistema queimar os vinhos e procurar elevados créditos só conseguidos com aval do Estado para financiar as reservas, que aumentam, também não é sistema de trabalho. Não haverá capacidade financeira dentro de pouco tempo.
No que se refere a outros produtos, como fruta e primores diversos, o problema ainda está longe de estar resolvido. E o exame dos consumos de muitos países europeus permito certezas sobre as possibilidades nacionais nesta matéria. Aqui está um sector em que as Secretarias da agricultura e do Comércio deveriam aliar-se para produzir bons frutos e outros géneros agrícolas com características de exportação e colocá-los nos mercados que os podem consumir.
O auxílio à exportação industrial é pouco eficiente. Neste sector o sistema bancário tem influência decisiva. Mas não pode dominar certos aspectos, como, por exemplo, aquele em que é necessário o financiamento a médio prazo, eficiente e barato, qua permita a execução de encomendas ou concorrências a empreitadas de grande valor. Sugeriu-se a criação de um organismo que enfrentasse praticamente este problema. Já há casos em que empresas nacionais têm concorrido com grande êxito a concursos internacionais e não se vêem dificuldades ao desenvolvimento deste aspecto da produção se houver apoio financeiro eficaz durante o período de execução da encomenda e cobrindo os prazos de pagamento hoje essenciais no comércio internacional.
Quando se analisou a contribuição industrial verificou se a influência no produto nacional bruto do sector industrial.
Tomando os últimos números conhecidos para o produto interno bruto no custo dos factores e pregos de 1958, os valores são os do quadro seguinte:
Designação
Contos
Percentagens
1964
Serviços e energia
Produto interno bruto (factores)