entro 15,75 (Faro) e 34,03 (Braga). A amplitude total das variações da taxa de natalidade corresponde, portanto a mais do que uma duplicação do seu valor mínimo distrital.

Estabelecendo a comparação de médias trienais separadas por um período de dez anos (1952-1954 com 1962-1964), chega-se a resultados que mostram grandes disparidades na evolução das taxas de natalidade em todo o território.

Conquanto a taxa referida ao continente tenha permanecido pràticamente sem variação, as tastis, de treze distritos (num total de dezoito) registaram descidas; dos restantes distritos, houve subidas em quatro, enquanto um se manteve sem alteração sensível.

É no Sul do País que continua a haver as taxas mais baixas, que, aliás, não cessaram de se reduzir: Beja fornece o exemplo mais frisante a este respeito. Outras reduções de vulto se registaram, nomeadamente na Guarda, em Castelo Branco e em Vila Real.

Quanto aos aumentos de taxas, merece menção o caso de Lisboa. Neste distrito, a natalidade subiu de 15,84 pura 20,31. Para esta subida acentuada, bem como para as descidas nos outros distritos, pode encontrar-se uma explicação parcial no facto de estarem concentradas em Lisboa grande parte das maternidades e clínicas especializadas em obstetrícia, admitindo-se que um número elevado de crianças nascidas em Lisboa pertence a famílias residentes em outros distritos.

Mortalidade A respeito da mortalidade, as considerações feitas em anos anteriores têm-se referido, especialmente a duas tendências bem explícitas.

Taxas segundo algumas causas de morte

Tuberculose

Tumores malignos

Doenças do coração

Uma delas é a redução progressiva da mortalidade devido à tuberculose, nas suas várias formas. A taxa, que era de 0,53 em 1958, não cessou de reduzir-se, apesar de o movimento anterior ter vindo a processar-se no mesmo sentido, sobretudo desde a introdução de alguns antibióticos no consumo.

Outra tendência bem definida é a que se refere à mortalidade por tumores malignos, a que na linguagem corrente se dá a designação de "cancro".

Já no que toca às doenças do coração, consideradas no seu conjunto, persiste a dificuldade em discernir uma tendência, se bem que relativamente a algumas delas se saiba estarem em progressão, como, aliás, sucede de um modo geral por toda a parte, nomeadamente nas zonas mais evoluídas, onde a vida se reveste de crescente artificialidade.

Em 1964, conforme se pode verificar no quadro respectivo, as taxas referentes a estes três grupos da causas de morte não destoam das observações anteriormente formuladas: nova descida na mortalidade por tuberculose, novo aumento na proveniência de tumores malignos, comportamento indeciso nas doenças do coração. Observe-se agora a mortalidade infantil. Esta taxa, que especialmente no decénio de 1942-1952 registou descida muito apreciável, manteve-se na segunda metade da década de 60 (ou melhor, até 1961) com pequenas oscilações. Nos últimos anos parece ter continuado o movimento para a baixa:

Taxas de mortalidade

Perinatal

Neonatal

-

-

Nados-mortos(a)

(a) De 28 e mais semanas (não incluídos nas restantes colunas.

Efectivamente, após 1961, as taxas anuais têm vindo a descer; e a de 1964 atingiu pela primeira vez uma cifra inferir a 70 por mil nados-vivos.

Convém, no entanto, observar que a componente neonatal da mortalidade infantil reduziu-se com maior lentidão do que a mortalidade das restantes crianças até um ano. E, dado que é nas primeiras semanas de vida após o nascimento que se fazem sentir os maiores perigos para a saúde e a vida da criança, haverá que reforçar cada vez mais a assistência à maternidade nesse período. De outro modo, poderão surgir novas dificuldades à redução da taxa para além ele certos níveis, que, embora ainda não