As comunicações compreendem portos e aeroportos, estradas e pontes e também se inclui o plano de melhoramentos do Porto, que, aliás, contém também outros fins. Mas a ponte sobre o Tejo em Lisboa sobressai do conjunto, com 763 006 contos, integralmente pagos por crédito externo (744 106 contos), empréstimos internos (3 000 contos) e amoedação (15 900 contos).

No total dos pagamentos os empréstimos internos e externos entram com 1 229 011 contos, ou 92,4 por conto. Nas despesas das comunicações destacam-se as da ponte sobre o Tejo em Lisboa (57,4 por cento) e em muito menor escala as das estradas (20,7 por cento), como se nota a seguir:

Designação

Contos

Percentagens

Estradas

Em valores absolutos, as verbas da ponte (763 006 contos), 4a estradas (274 250 contos), dos portos (113 314 contos)e dos aeroportos (164 595 contos) formam a quase totalidade.

Haveria que acrescentar a viação rural adiante mencionada.

Quanto à forma de financiamento, pode dizer-se que a ponte sobre o Tejo foi quase integralmente financiada por empréstimos.

As outras rubricas utilizaram os empréstimos que constam do quadro qua segue:

Designação

Ponte sobre o Tejo

Estradas

Exceptuando os portos, onde se utilizaram 58 271 contos de autofinanciamento, quase tudo o que se refere a comunicações foi financiado por empréstimos. No fomento rural, segundo a classificação destes pareceres, gastaram-se 611 725 contos. As verbas que mais oneram esta rubrica são as da hidráulica agrícola (202 680 contos), a da arborização de terras e de incultos e a de viação rural.

Os empréstimos contribuíram para os 611 725 contos de despesas com 344 281 contos, ou 56,1 por cento do total, como se nota a seguir:

Contos

Crédito externo 333 872

A diferença proveio de excessos de receitas ordinárias.

No quadro seguinte indicam-se as origens dos financiamentos:

Designação

Contos

Crédito externo

Hidráulica agrícola

Reorganização agrária

Melhoramentos agrícolas

Melhoramentos rurais

Electricidade

Água a populações

Melhoramentos pecuários

O crédito externo, com 333 872 contos, liquidou 54,5 por cento da despesa do fomento rural e incidiu sobre a hidráulica agrícola, reorganização agrária, melhoramentos agrícolas, defesa sanitária das plantar, e animais e electricidade. A menção do financiamento pelo crédito externo implica uma responsabilidade especial no gasto destas quantias. No fomento industrial apenas se gastaram 179 493 contos, repartidos como segue:

Contos

Aproveitamentos hidráulicos. . . . 2 988

Foram financiadas por empréstimos externos as verbos de investigação aplicada e fomento mineiro. As dos aproveitamentos hidráulicos provieram do crédito interno. Nos edifícios a despesa subiu a 179 493 contos. Compreendam escolas primárias, técnicas e liceus, com a despesa de 107 738 contos, sendo 106 213 contos financiados por empréstimo e 1500 contos pelo crédito externo. Outros 6 000 contos do crédito externo foram utilizados em investigação na construção civil.

A seguir indica-se a origem dos financiamentos de edifícios:

Contos

Crédito externo . . . . . . 7 500

Já se indicaram as fontes das receitas do edifícios escolares. Quanto aos das cidades universitárias, num total de 20 641 contos, 20 000 contos provém de empréstimos internos e 641 contos do excesso de receitas.

Também 2 874 contos destes excessos se utilizaram em construções prisionais.

Deste modo, os empréstimos serviram para financiar a construção de edifícios até ao quantitativo de 175 978 contos, sendo 7 500 contos de crédito externo.