Também neste caso há proeminência de Angola e Moçambique. Comparando os índices, vêem-se logo as dificuldades de Cabo Verde, com receitas e despesas que se pode dizer que estagnaram (índice 447).
As dificuldades na província derivam deste baixo índice.
Em Angola quebrou-se o ritmo de aumento de despesa com uma ligeira diminuição no índice. Fixou-se em 1774, contra 1807 em 1963. As outras províncias melhoraram a sua despesa.
Distribuição das despesas ordinárias
Quando adiante se destrinçarem as cifras, com exclusão destes serviços, ver-se-á que a realidade é outra.
A seguir discriminam-se por classes orçamentais as despesas ordinárias:
Os serviços autónomos, encargos gerais e administração geral compreendem 77,3 por cento das despesas. E se se lhes juntarem os serviços militares, incluindo os de marinha, obtém-se mais de 90 por cento do total.
Serviços autónomos
O aumento na despesa destes serviços depende de factores alheios muitas vezes ao orçamento.
Além de pesarem por alta percentagem no orçamento de Angola e Moçambique, os serviços autónomos desempenham um papel de forte preponderância na balança de pagamentos de Moçambique, e já perceptivelmente na de Angola, através do porto do Lobito. Esta preponderância deriva do tráfego de certo número de países da África Central e do Sul, que se escoa através de Lourenço Marques, Beira e Lobito.
Como as condições desses países estão sujeitas a contingências independentes da acção de factores nacionais, impõe-se, tanto em Angola, como em Moçambique, mas em especial nesta última província, um programa de fomento interno que melhore consideràvelmente a sua balança de comércio.
O aumento total da despesa ordinária sem estes serviços foi de 181290 contos, apesar da baixa ocorrida em Angola (menos 71778 contos), como se nota a seguir.