Esta falta de receitas vem do lento desenvolvimento económico da província, da decadência, durante muitos anos, do porto de S. Vicente e ainda de novos meios de transmissão telegráfica, que reduziram a receita do cabo submarino.
O importante é fazer incidir todos os possíveis esforços sobre a produtividade do trabalho interno e empresas relacionadas com recursos que porventura existam ou outros que seja possível criar.
No quadro seguinte indicam-se, em percentagem do total, as receitas dos capítulos orçamentais, referido tudo a 1938:
Em 1938 os impostos directos e indirectos representam 60 por cento das receitas ordinárias e as consignações de receitas apenas 6 por cento.
A cifra dos impostos desceu para 48 por cento e a das consignações subiu para 32 por cento.
As variações nos diversos capítulos definem as suas vicissitudes. O caso do domínio privado, que contém as taxas de telegramas que desceram de 23 por cento para 3 por cento, mostra a decadência daquela receita.
Discriminação das receitas ordinárias
O novo imposto complementar rendeu 3697 contos. Foi este imposto com melhorias noutros que auxiliou o aumento notado no conjunto.
Todas as rubricas dos impostos directos progrediram com uma leve excepção. Mas o imposto complementar e a contribuição industrial produziram os maiores acréscimos.
O resultado final, de mais 6670 contos, não é ainda suficiente para as necessidades da província.
A contribuição industrial, com a receita de 8836 contos, representa mais de metade da do capítulo.
Os impostos indirectos tiveram a origem seguinte:
Não há grande diferença entre as cifras dos dois últimos anos, além do aumento de cerca de 1371 contos nos direitos de importação, como era de prever.