contos mais do que em 1963. Os aumentos distribuem-se por diversas rubricas, como se nota a seguir:

Na receita deste capítulo pesam as dos portos, com 6184 contos em 1964 (eram 1447 contos em 1962), e as dos correios, telégrafos e telefones, que não têm aumentado. As duas receitas somadas produziram em 1964 cerca de 12 485 contos, num total de 26 317 contos, cerca de 48 por cento.

Das outras receitas destacam-se o fundo de assistência pública (4107 contos), estacionária há alguns anos, e os adicionais sobre os impostos destinados aos municípios, com 3620 contos.

Serviços autónomos Até 1963 os correios, telégrafos e telefones tinham receitas e despesas muito distanciadas dos portos, que, como eles, também formam um serviço autónomo.

Em 1964 os correios, telégrafos e telefones ainda tiveram receita inferior à de 1962. Vivem em regime deficitário.

As suas contas podem assumir a forma que segue:

0 subsídio do Estado manteve-se no nível dos anos anteriores (738 contos).

A conta apresenta o saldo de 965 contos, que não é real. Assim, os saldos de anos económicos findos somaram 1258 contos nas receitas, a que se devem juntar os 738 contos de subsídio.

O problema dos correios, telégrafos e telefones está na melhoria das receitas da exploração, que são baixas, de 5353 contos. Não compensam as despesas de exploração, que se elevam a 6375 contos. Destas cifras deduz-se um deficit apreciável. Nos serviços autónomos dos portos ocupa lugar primacial o porto de S. Vicente.

Parece haver equilíbrio na exploração, embora se note um aumento apreciável nas despesas ordinárias, que passaram de 2950 contos para 3470 contos. Dizem respeito, pela soma de 2708 contos, ao porto de S. Vicente e ao novo porto de Santo Antão.

Mais de metade (2281 contos) das receitas ordinárias da Junta Autónoma dos Portos do Arquipélago de Cabo Verde provém do rendimento dos serviços. Os serviços de tráfego de mercadorias produziram 1772 contos.

As receitas podem discriminar-se como segue:

De saldos de anos económicos findos contabilizou-se como receita a quantia de 639 contos. É através do orçamento das receitas extraordinárias que se faz o financiamento das obras e outras empresas realizadas nos últimos dez anos no arquipélago de Cabo Verde. Não há outro recurso para esse financiamento além dos subsídios e empréstimos concedidos pela metrópole. As quantias desviadas do fundo de saldos de anos económicos findos representam uma pequena parcela nas receitas extraordinárias.

De subsídios e empréstimos a província despendeu desde 1960 cerca de 331 500 contos, que é soma avultada para as condições económicas de Cabo Verde. Estes fundos provieram na sua totalidade do orçamento metropolitano e são reembolsáveis. O juro é mínimo ou não se cobra.