A última coluna exprime o desequilíbrio, que se intensificou nos últimos três anos.

Deve notar-se que se incluem na estatística abastecimentos do Estado de natureza comercial, o que nos últimos dois ou três anos falseia um pouco o significado das contas.

Convirá, ao menos para o ano agora sujeito a análise, corrigir as cifras de modo a determinar, pelo menos com aproximação, as relacionadas com a actividade económica da província.

A conta geral da província, que este ano apresenta bastantes pormenores sobre o movimento comercial, procura esclarecer este assunto.

Segundo ela, as cifras teriam a forma seguinte:

Este deficit poderia ser comparado aos anos de vida normal na província. Se for examinado o quadro publicado acima, que dá as cifras desde 1955, nota-se grande diferença no deficit entre os anos da última década e os dos últimos anos. Até 1962 o volume de mercadoria importada estava em gradual ascensão. Veio de 22 570t em 1954 para 32 667t em 1961. Estas cifras foram analisadas nos pareceres dos respectivos anos, embora com dificuldades, dadas as incertezas da estatística, que sofreu alterações que a regularizaram nos últimos anos. No entanto, a tendência era ascensional, como, aliás, se depreende das cifras:

O salto dos dois últimos anos foi brusco e deve-se às operações militares por abastecimentos anormais.

Influem no quantitativo das importações os produtos das indústrias alimentares, os têxteis e outros. Podem apresentar-se os principais como segue:

Nota-se a influência das mercadorias já mencionadas.

O exame da tabela da importação permite verificar que o custo unitário na importação tem oscilado a favor da província, visito ter atingido o preço mais baixo em 1964, como se nota a seguir:

Às 63 786 t importadas corresponde o preço unitário de 6887 escudos. Grande parte dias trocas comerciais da Guiné processam-se com a metrópole. Em 1964 a distribuição geográfica das mercadorias importadas repartiu-se na forma que segue:

Os territórios nacionais enviaram para a Guiné cerca de 304 000 contos. Da metrópole provém grande parte do abastecimento, em especial de produtos das indústrias aumentares, bebidas e outros e matérias têxteis. A parcela do ultramar é pequena. Nas exportações há a assinalar uma baixa de 10 255 contos. A queda no peso da mercadoria exportada foi da ordem das 20 000 t, como se nota a seguir:

Tão alta queda no peso das mercadorias exportadas fez-se sentir nos valores, embora em menor grau do que seria de esperar, dada a melhoria no preço unitário, que, contudo, é ainda baixo, como se nota adiante: