A última coluna exprime o desequilíbrio, que se intensificou nos últimos três anos.
Deve notar-se que se incluem na estatística abastecimentos do Estado de natureza comercial, o que nos últimos dois ou três anos falseia um pouco o significado das contas.
Convirá, ao menos para o ano agora sujeito a análise, corrigir as cifras de modo a determinar, pelo menos com aproximação, as relacionadas com a actividade económica da província.
A conta geral da província, que este ano apresenta bastantes pormenores sobre o movimento comercial, procura esclarecer este assunto.
Segundo ela, as cifras teriam a forma seguinte:
Este deficit poderia ser comparado aos anos de vida normal na província. Se for examinado o quadro publicado acima, que dá as cifras desde 1955, nota-se grande diferença no deficit entre os anos da última década e os dos últimos anos.
O salto dos dois últimos anos foi brusco e deve-se às operações militares por abastecimentos anormais.
Influem no quantitativo das importações os produtos das indústrias alimentares, os têxteis e outros. Podem apresentar-se os principais como segue:
Nota-se a influência das mercadorias já mencionadas.
O exame da tabela da importação permite verificar que o custo unitário na importação tem oscilado a favor da província, visito ter atingido o preço mais baixo em 1964, como se nota a seguir:
Às 63 786 t importadas corresponde o preço unitário de 6887 escudos.
Os territórios nacionais enviaram para a Guiné cerca de 304 000 contos. Da metrópole provém grande parte do abastecimento, em especial de produtos das indústrias aumentares, bebidas e outros e matérias têxteis. A parcela do ultramar é pequena.
Tão alta queda no peso das mercadorias exportadas fez-se sentir nos valores, embora em menor grau do que seria de esperar, dada a melhoria no preço unitário, que, contudo, é ainda baixo, como se nota adiante: