Conviria intensificar as exportações, de modo a não dependerem apenas de três ou quatro mercados. Um dos problemas de S. Tomé e Príncipe é o das produções para exportação, em especial as do cacau. Ùltimamente os valores unitários mantiveram-se à roda de 8 contos na exportação. Recuperaram um pouco depois da perda catastrófica de 1962. Mas em 1964 os valores de importação subiram muito, para 6063$70, e este facto exerceu um efeito maléfico nos preços unitários e, portanto, no saldo.

Os valores unitários das exportações e importações são os que seguem:

É um problema sério o dos valores unitários para a economia de S. Tomé e Príncipe.

O comércio importador e exportador de S. Tomé não se desenvolveu muito, talvez devido ao limitado progresso das produções por hectare. Como se viu já nestes pareceres, são muito baixas.

Os índices de aumento, desde um longo período, não alcançaram cifras compensadoras, como se indica a seguir:

(a) Deve tomar-se em consideração que os valores do exportação em 1961 são valores F.O. B., diferentes, portanto, dos anteriores, que representavam valores fiscais.

Deve recordar-se que o índice dos anos anteriores a 1964 são referidos a preços fiscais, e não F. O. B., como neste ano. Os preços fiscais são menores no cacau, 11 600$, contra 12 800$ F. O. B. Assim, o índice deveria ser maior por uns pontos do que o enunciado. As receitas totais da província fixaram-se em 111 320 contos, mais 6772 contos do que em 1963. O aumento foi pequeno e deu-se por sua maior parcela nas receitas ordinárias. Nestas anda à roda dos 5000 contos, quantia bastante superior à de 1963.

A seguir indicam-se as receitas totais:

As receitas extraordinárias provém de empréstimos (28 388 contos), do imposto de sobrevalorização (4333 contos) e, finalmente, de saldos de anos económicos findos (6646 contos). São valores inferiores aos de 1963.

Nas despesas totais, que se elevaram a 103 523 contos, destacam-se as que se utilizaram no II Plano de Fomento.

As ordinárias atingiram 64 156 contos e não aumentaram como se presumia.

O seu índice em relação a 1938 subiu para cifra que não destoa de outras províncias.

A seguir indicam-se as despesas totais, com os aumentos em relação a 1963:

As receitas ordinárias representam cerca de 64,8 por cento do total das receitas. Nas despesas ordinárias a percentagem é de 62,2. A evolução das receitas ordinárias pode dividir-se em dois períodos. Um em que se deu aumento contínuo e mais ou menos regular até 1954; no outro prevalece-a depressão. A cifra de 1954, ou 59 III contos, só foi atingida em 1960, como se pode ler a seguir:

Apenas de 1962 em diante se pode dizer que foi retomado o sentido de elevação até atingir os 71 953 contos de 1964.

Os índices de aumento exprimem esta irregularidade no comportamento das verbas. O índice de 700 só foi alcançado em 1963.

Repartição de receitas S. Tomé e Príncipe é uma excepção na tendência geral da distribuição de receitas por capítulos orçamentais, que dá predomínio às consignações de receitas.

Os impostos directos e indirectos e as taxas, em 1964, somaram 71,5 por cento das receitas ordinárias.