O mapa dá uma ideia do pormenor do movimento das despesas e suas aplicações desde 1959. Convém resumir os mapas de despesas do I e II Planos de Fomento, de modo a poder formar-se uma opinião sobre o critério seguido e prováveis resultados.

Duas verbas se distinguiram na última coluna - a do plano rodoviário, com 96 253 contos, e a da urbanização e saneamento, com 71 125 contos. Estas duas rubricas consumiram 59,6 por cento dos investimentos totais dos dois Planos, pertencendo 34,3 por cento ao plano rodoviário e 25,3 por cento a urbanização e saneamento. A seguir, embora com muito menor verba, aparece o porto de Ana Chaves, com 34 619 contos.

A província já hoje deve possuir uma boa rede de estradas asfaltadas que facilitem as comunicações. A sua área não é grande e a soma de 96 253 contos já gasta é suficiente para melhoria dos transportes. Conviria não exagerar neste e noutros aspectos.

As condições de urbanização e saneamento melhoraram muito, em especial na cidade de S. Tomé.

Quanto ao porto de Ana Chaves, julga-se que deve estar próximo o fim das obras.

Obras directamente reprodutivas são poucas. Referir-se-iam em especial às produções actuais de baixo rendimento e a novas produções, como bananas e outras. O saldo do exercício de 1964 fixou-se em 7797 contos, obtido na forma que segue:

O saldo é a diferença entre as receitas e despesas ordinárias, visto as receitas e despesas extraordinárias serem iguais.

Discriminaram-se já acima as despesas extraordinárias, incluindo as que foram pagas por empréstimo.

Examinando-as, facilmente se verifica o critério seguido e a legitimidade ou ilegitimidade da sua inclusão na conta de empréstimos.

Saldos de anos económicos findos S. Tomé e Príncipe teve o privilégio de fechar as suas contas durante um longo período com saldos dos exercícios financeiros elevados, por cifras quase sempre superiores a 10 000 contos.

Mas foi gastando em obras e outras aplicações os saldos que ia obtendo, talvez imprevidentemente. De modo que muitos anos se apresentam sem saldos disponíveis. É um critério que parece não ser o melhor.

Só nos últimos exercícios aparecem saldos disponíveis, como se nota no quadro que segue:

(b) Reposição contabilizada em operações de tesouraria.

O saldo disponível em 1964 é de 13 340 contos.

Utilização de saldos de anos económicos findos Pode oferecer-se uma súmula da aplicação dos saldos de anos económicos findos durante um longo período de tempo.

As verbas são aproximadas e o seu valor em termos reais varia com os exercícios finaceiros, dada a desvalorização da moeda convertida durante o longo período a que dizem respeito as verbas.