A África do Sul, ao lado, com 324 351 contos nas compras e 571 203 contos nas vendas, tem margem para maior comércio, e os Estados Unidos, com 168 283 contos na importação e 145 677 contos na exportação, são dos que mais se aproximam do equilíbrio.
Em contrário do que acontece noutros territórios africanos, e até no ultramar português, o comércio exportador de Moçambique está muito disseminado, o que é um bem.
Os maiores fornecedores - a África do Sul e a Inglaterra. Juntos não vão além de 23,2 por cento, e tomam-lhe de mercadorias apenas 14,3 por cento.
Esta situação dos mercados, potencialmente vantajosa, é de molde a incitar a orientação económica no sentido de muito maiores produções. Nem sequer faltam infra-estruturas aperfeiçoadas para o seu transporte.
O grande mercado importador de produtos de Moçambique é a União Indiana. A castanha de caju vai para lá e lá é transformada em amêndoa e no óleo de casca, de valor pelo menos igual ao dobro da matéria-prima, que é a castanha de caju. E uma fonte de cambiais, quase tudo dólares para aquele país.
No quadro desdobram-se as cifras a que já se aludiu acima. Mostra a preponderância dos mercados estrangeiros em percentagem, mas que está longe em valores absolutos de satisfazer as exigências da zona do escudo.
Há este ano apenas quatro territórios aduaneiros com saldos positivos: a Índia (castanha de caju), a Dinamarca, a França e Rodésias e Niassalândia.
Moçambique melhorou a sua posição relativamente a todos eles.
Balança de pagamentos
O nível de invisíveis provenientes do tráfego internacional e um pouco do turismo, ainda foram satisfatórios tanto nos portos de Lourenço Marques e Beira como ainda nos diversos caminhos de ferro que servem a África do Sul, a Niassalândia e as Rodésias.
Dificuldades na África Central têm projecção nestes instrumentos de transporte e o nível dos invisíveis poda variar em detrimento da província de um momento para o outro.