A característica fundamental, visível no quadro acima publicado, é o decréscimo nas despesas extraordinárias (menos 185344 contos), o aumento na despesa própria e um acréscimo menos acentuado na despesa dos serviços autónomos.

Para determinar a relação entre as receitas e despesas ordinárias publicam-se a seguir os aumentos que umas e outras tiveram nos anos que decorrem desde 1950. Não se consideram os serviços autónomos para melhor visão do conjunto.

Estes números- são elucidativos, por mostrarem as oscilações nas receitas e despesas ordinárias durante um longo espaço de tempo.

O comentário sobre o seu significado, feito todos os anos, procura esclarecer as condições que caracterizam o movimento financeiro em cada ano.

Angola e Moçambique Há diferenças de estrutura na vida económica e financeira de Angola e de Moçambique. Uma delas, bem conhecida, é um elevado saldo positivo da balança comercial de Angola, em contraste com o grande desequilíbrio negativo de Moçambique, compensado parcialmente neste ultimo caso pela grande receita de invisíveis, que em Angola tem muito menor influência.

Destas diferenças decorrem certos aspectos das contas, consideradas globalmente.

Se forem feitos os ajustamentos necessários, a receita ordinária própria sem serviços autónomos é quase idêntica, como se verifica no quadro que segue:

Há apenas a pequena diferença de 5744 contos entre a receita própria de Angola e Moçambique.

No caso das despesas pode fazer-se o mesmo cálculo, que dá o resultado seguinte: Para mais clara visão das condições em que se processam as receitas e despesas próprias em Angola e Moçambique convém isolar das cifras dos quadros anteriores as que se referem às receitas:

O aumento da receita própria em Angola no exercício de 1964 foi baixo - apenas 89109 contos. Mas o acrés-