Está em curso a execução de um plano rodoviário destinado a suprir as deficiências em matéria de transportes por estrada, que ainda caracterizam a província.

Neste aspecto, como em outros, as exigências económicas indicam a necessidade de construir de preferência as estradas com mais directa influência em zonas ou regiões produtivas. Talvez que uma das causas do elevado deficit da balança comercial provenha de dificuldades nos transportes por estrada em certas regiões.

Não se vê bem a razão que justifica a construção de uma ponte a ligar a ilha de Moçambique com o continente. No ano passado e este ano gastaram-se somas relativamente altas nesta obra. Tanto quanto é possível avaliar, a sua utilidade reprodutiva à distância e até com conhecimento do próprio local, não se vê prioridade na execução desta obra sobre outras com maior interesse económico.

No caso da ligação da Beira a Lourenço Marques, a não ser que haja exigências de natureza política ou milita r a justificar a construção de certos troços, também parece haver necessidade de um estudo cuidadoso sobre a reprodutividade das verbas nela utilizadas. E se se concluísse pelo adiamento da construção, deveria ser seguido resolutamente este caminho. A verba gasta em caminhos de ferro limitou-se a 2352 contos no de Moçambique. Nos portos despenderam-se ainda 89 871 contos, assim repartidos:

e nos aeroportos, que ultimamente tem consumido quantias avultadas, gastaram-se 84 816 contos, contra 53 256 contos em 1963. A verba de povoamento eleva-se a 63 199 contos, distribuídos por diversos esquemas, como se nota a seguir:

Devem juntar-se 1000 contos do subsídio à Junta Provincial de Povoamento. Na agricultura e pecuária há despesas para rega no Limpopo (9957 contos) e no Revuè (19358 contos). Acrescem ainda 27 478 contos no fomento agrário, florestal e pecuário. A instrução e saúde consumiu verbas no total de 71145 contos, sendo 43 969 contos em construções escolares e 27176.contos em construções hospitalares, além de 7609 contos na luta contra o tsé-tsé e paludismo.

II Plano de Fomento A vigência do II Plano de Fomento terminou em 31 de Dezembro de 1964. E agora ocasião para dar uma vista de conjunto aos investimentos, dotações e verbas gastas.