As duas maiores verbas são a dos correios, telégrafos e telefones, com mais de metade do total, e que ultrapassou pela primeira vez os 9 milhões de patacas, e a de assistência e beneficência, que já vai além de 5 milhões de patacas. As receitas destas duas rubricas são maiores do que as de 1963, principalmente as dos correios, telégrafos e telefones.
De um modo geral se pode dizer que as razões do aumento do capítulo provêm da integração dos serviços das oficinas navais (agora autónomas) e de maiores cobranças nos serviços autónomos dos correios, telégrafos e telefones.
Há a inclusão no capítulo de saldos de anos económicos findos (544 276 patacas). Não há explicação convincente deste modo de contabilizar saldos de anos económicos findos. Não se devem contabilizar em receitas ordinárias saldos de anos anteriores.
A origem da receita foi a que se menciona a seguir:
Já no ano passado se escreveu que, tal como se apresenta a conta, não é possível ter ideia da exploração dos serviços. Para tal seria necessário conhecer as receitas das diversas explorações - postal, telegráfica, telefónica e outras. Embora ainda não seja perfeita a forma de apresentar as contas em outras províncias, elas dão já ideia dos progressos da exploração.
A conta de Macau limita-se a apresentar as receitas, com indicação das rubricas orçamentais, o que é pouco ou nada para os efeitos deste parecer.
Espera-se que o exemplo de outras províncias e da metrópole seja seguido em Macau.
Como se nota, houve um aumento bastante pronunciado nas despesas; nas ordinárias atingiu 28487 contos e 19 367 contos nas despesas extraordinárias.
Embora seja de relevo o aumento de despesas, ele é inferior ao das receitas. No caso das ordinárias o aumento de receitas elevou-se a 45 204 contos, que se comparou com 28 487 contos no das despesas ordinárias, deixando uma diferença confortável.
A despesa tem subido muito nos últimos anos.
As despesas ordinárias evoluíram na forma que segue: