omissão, o clima de confiança que, avisadamente, se procura criar entre o fisco e c contribuinte?
Sala das Sessões da Assembleia Nacional, 9 de Março de 1966. - O Deputado. Antão Santos da Cunha.
O Sr. Presidente: - Está na Mesa o suplemento ao Diário do Governo n.º 60, 2.º série, de 12 de Março, que traz o relatório e declaração geral do Tribunal de Contas sobre a Conta Geral do Estado do ano económico de 1964. Já mandei distribuir este suplemento por todos os Srs. Deputados.
Pausa.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra para um requerimento o Sr. Deputado Elísio Pimenta.
O Sr. Elísio Pimenta: - Sr. Presidente: Pedi a palavra para apresentar o seguinte
Requerimento
Para instruir o aviso prévio anunciado na sessão do passado dia 18 pelo Sr. Deputado Nunes de Oliveira, sobre alguns aspectos culturais, económicos e sociais da região de Entre Douro e Minho, requeiro ao Governo as seguintes informações e esclarecimentos:
g} Números e montante de financiamentos requeridos para fins turísticos ao Fundo de Turismo e à Caixa Nacional de Crédito para os aludidos distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo em 1964 e 1965 e despachos lançados nos mesmos requerimentos;
O Sr. Pinto de Meneses: - Sr. Presidente: Creio que V. Ex.ª e toda a Assembleia aguardam, muito justamente, algumas palavras sobre a viagem que fizemos à província da Guiné, onde estivemos de 11 a 18 do corrente. Apesar de não ser a pessoa mais indicada para o fazer, não deixarei, com isso, de muito brevemente apontar algumas impressões, que sejam como que um tímido prólogo para as valiosas exposições que os outros colegas certamente aqui proferirão.
Antes de mais, devo dizer que não foi uma viagem de recreio, repouso e turismo. Longe disso. Foi uma peregrinação de estudo e sacrifício, a que não faltou até II emoção do risco. Todos os dias da nossa estada na Guiné foram preenchidos, de manhã à noite, com um programa absorvente e exaustivo, preparado por forma que visse: mós e observássemos o essencial da província nos sectores económico, social e militar.
Vozes: - Muito bem!
O Orador: - Visitámos hospitais, escolas, asilos, missões, granjas, estabelecimentos fabris e comerciais. Percorremos as ilhas paradisíacas de Bubaque e Bolama. para conhecimento dos usos e costumes das ricas etnias lá existentes. Conversámos em toda a parte com as populações. Ouvimos brancos e pretos. Assistimos a substanciosas exposições sobre a situação militar, por parte dos comandos do Exército, da Marinha e da Força Aérea. Estivemos, durante dois dias, no mato em convívio contubernal com os nossos militares, em Bafatá. Nova Lamego, Xitole, Madina do Boé, Catió e Sangonhá. Tudo isto vivido intensamente num desdobar de surpresas e