poderemos continuar a ser homens livres e a conservar a liberdade que hoje temos; e de que nos querem espoliar, para sermos escravos de uma massa internacional, anónima, sem escrúpulos, sem amor e sem família.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador: - Estamos em plena comemoração da Revolução de 28 de Maio de 1926; da arrancada memorável do Exército, conduzido pelo marechal Gomes da Costa, que trouxe ao País a garantia de dignidade interna e internacional; de um Portugal renascido; e essa comemoração coincide com os 30 anos da Legião Portuguesa.

Ora, se tudo quanto temos deve ser oferecido, no espiritual e no material, como dádiva de um sentimento de orgulho, aos homens que fizeram o «28 de Maio», e por eles à Nação, redimida e prestigiada, também devemos uma palavra à Legião Portuguesa, que numa época trágica chamou às fileiras o povo português para que a Revolução continuasse.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

Passados 40 anos sobre a arrancada gloriosa da capital do Minho e 30 sobre a fundação da Legião Portuguesa, a Revolução Nacional mantém o mesmo pensamento e o mesmo vigor que a animavam na primeira hora.

Como se tivesse sido hoje, todos os que recebemos o encargo de velar pela marcha da Revolução sabemos perfeitamente o que queremos e para onde vamos - com Salazar ao leme.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Proença Duarte: - Sr. Presidente e Srs. Deputados: Pedi a palavra para fazer umas ligeiras considerações sobre o ensino técnico industrial e comercial na região ribatejana. Mas não quero iniciar essas considerações sem que primeiro faça subir até V. Ex.ª, Sr. Presidente, que ocupa o posto cimeiro nesta Assembleia Nacional, uma palavra sentida de homenagem e saudação ao homem em si e ao político que desde há longos anos vem dedicando à causa nacional o melhor da sua vida, da sua inteligência e actividade.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente: Se volvermos para trás os nossos olhos, para esse tempo decorrido desde há 40 anos a esta parte, verificamos que neles sobressaem como figuras de primeiro plano os homens que pelas suas virtudes, pelo seu honesto viver, pelas suas qualidades, acreditaram e consolidaram a Revolução Nacional e os princípios e sistema político que a mesma Revolução consubstanciava. Foram esses homens, Sr. Presidente, que mercê do seu esforço, lealdade e dedicação criaram o ambiente e o clima propício indispensável para que se fizesse um refundimento das ideias basilares da vida nacional sobre que assentasse o novo surto de progresso da Nação. E V. Ex.ª, Sr. Presidente, foi um desses homens políticos que, pela dignidade do seu viver, apoiada numa lúcida- e fulgurante inteligência, e bem assim numa força moral indiscutível, se podem apontar como tipo ideal do homem de Estado que infunde respeito e exemplo e marca linhas de rumo a seguir na conduta das pessoas que dedicam a sua vida e a sua actividade à causa da Nação.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Por isso, Sr. Presidente, é-me grato neste momento, quando vão decorridos 40 anos sobre a data em que se iniciou em Braga a Revolução Nacional, prestar a V. Ex.ª, uma vez mais, a minha sentida homenagem, que é um tributo de respeito e de consideração.

O Sr. André Navarro: - Muito bem!

O Orador: - E seja-me permitido, Sr. Presidente, alargar estas saudações a todos quantos nesta legislatura ocupam o lugar de Deputados. A todos estes e a quantos por aqui passaram, que com o mesmo entusiasmo, com a mesma dignidade, juntaram e uniram os seus esforços aos do Governo para que vingasse, para que não soçobrasse, a causa da Revolução Nacional.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Muitos deles, ai de nós, já não podem tomar conhecimento desta homenagem, mas presto-a à sua memória. Todos quantos me conhecem e sabem quanto devotadamente tenho vivido a causa da Revolução Nacional, esses podem dar testemunho da sinceridade das minhas palavras e da homenagem que hoje aqui lhes presto.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente: A Junta de Construções para o Ensino Técnico e Secundário adjudicou recentemente por 10 763 460$ a construção do edifício destinado à Escola Industrial e Comercial de Santarém e por 11 876485$ o da Escola de Vila Franca de Xira, ridente e progressiva vila da região ribatejana.

A Escola de Santarém foi criada pelo Decreto n.º 40 725, de 8 de Agosto de 1956, sendo Ministro da Educação o Dr. Francisco Leite Pinto, antigo membro desta Assembleia Nacional e prestigioso e eficiente obreiro cooperador da obra de ressurgimento que no País se vem realizando.

O Sr. Dias das Neves: - Muito bem!

O Orador: - Tem hoje 1618 alunos, sendo 1188 do sexo masculino e 430 do sexo feminino. O corpo docente é constituído por 78 professores de um e outro sexo.

A Escola está funcionando em situação precária, pois as aulas realizam-se em edifícios dispersos por vários locais da cidade, alguns mesmo em pavilhões improvisadamente montados numa cerca pertencente à Junta Distrital e que esta destina à construção do museu.

Assim, o ensino está a ser praticado, necessariamente, em deficientes condições e sem o rendimento que dele se deve obter.

Vai iniciar-se, no entretanto, em Santarém a construção do edifício apropriado para esta modalidade de ensino, dez anos depois de ter sido criada a respectiva escola.