os de considerá-las.

Estas posições, tais frentes de batalha onde falam as armas, serão respeitáveis, na sua consideração, na medida em que lhes cuidemos das retaguardas, havendo nós de considerar tais retaguardas outras tantas frentes de batalha, onde falam armas de diferente espécie - não menos tremendas -, as armas de qualquer desalento, não desalento quanto ao firme direito que nos assista de enfrentarmos os deveres da defesa pátria, mas desalento porque se julgue não estarem exactamente as retaguardas a ser cuidadas como deve ser, o que poderá fazer diminuir defesas morais, mesmo que não se queira tudo a promover eventuais desalentos naqueles que, de armas nas mãos, gostarão também de saber que nas retaguardas não há insatisfação de qualquer ordem.

Sr. Presidente, prezados Colegas: Vou terminar - pedindo a todos me relevem o enfado que vos tenha causado tão longa e descolorida exposição. Entretanto, passo a ter a honra de dar a minha plena aprovação geral ao projecto de lei de meios para o ano de 1966 - reservando-me o direito, se for caso disso, de intervir na sua discussão na especialidade.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Marques Teixeira: - Sr. Presidente e Srs. Deputados: Antes de mais, quero rogar a V. Exa., Sr. Presidente, que faça a mercê de aceitar o testemunho renovado e vivo do meu elevado apreço e do meu muito respeito. Desvaneço-me e honro-me em manifestar-lhe, Sr. Presidente, a sinceridade daqueles sentimentos, porque sempre admirei e prezei, admiro e prezo no mais alto grau, V. Exa., perante quem o meu espírito se rende ante o seu carácter sem jaça, ante a inteligência de eleição, a altura do perfil moral e político e a sensibilidade humana de V. Exa., a quem o meu coração totalmente se entrega na evocação do mestre prestigioso, prestigiado e querido, credor de uma gratidão profunda e indelével, pelo muito que lhe devo da minha formação.

A VV. Exas., Srs. Deputados, exprimo os meus sentimentos de consideração e garanto a certeza da minha lealdade e da minha camaradagem.

Na tarde do dia 30 do passado mês de Novembro, o Sr. Presidente da República ocupou por direito próprio a cadeira em que V. Exa., Sr. Presidente, ora se encontra, pelos seus méritos pessoais, que são muitos, e por virtude da expressa manifestação de vontade de todos nós.

Ao recordar aquela efeméride brilhante entre as muitas que esmaltam do maior significado e grande lustre o historial da vida desta Casa, posso, em consciência, declarar que a alma de todos nós está e continua irmanada com a alma nobilíssima do insigne Chefe do Estado, pela alta dignidade da sua função, pelos seus raros dons e singulares predicados pessoais, como lídimo e mais alto expoente das próprias virtudes da grei lusíada que Sua Excelência tão bem encarna e traduz. Fiemos de Deus, e ardentemente lhe imploramos, que proteja a saúde e conceda longa vida ao supremo magistrado da Nação, justamente consagrado como o Presidente do Povo.

Vozes: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Presidente: Ao participar no debate em curso, mercê do qual já escutámos a voz autorizada de tantos Srs. Deputados a preceder outras de igual proficiência, apenas com a nota dissonante da minha, não posso deixar de pedir a benevolência de VV. Exas. em favor da modéstia das considerações que bordarei naquele meu jeito do rural que, amando com fervor a Pátria, tem as raízes do coração inalteràvelmente mergulhadas no chão bendito das terras beiraltinas. E principiarei por manifestar a minha maior homenagem, com votos ardentes pelo pronto restabelecimento da sua saúde, a S. Exa. o Ministro das Finanças, que pôs no notável relatório do transcendente diploma, objecto da nossa apreciação, não só o cunho vivo da sua vasta cultura de eminente economista e distinto técnico de finanças, mas também a nota saliente e aliciante de quem sabe